Quando chega o carnaval, muito se fala sobre a beleza das alegorias, o brilho das fantasias e a criatividade dos enredos. Mas nem sempre são contadas as histórias daqueles que estão nos bastidores, como é o caso de Mestre Tião. Para o lendário mestre de bateria da Unidos da Piedade, a escola não desfila porque existe, mas existe e, por isso, desfila.
Essa frase, inclusive, é frequentemente usada para definir o Império Serrano, a tradicional escola de samba do Rio de Janeiro que apadrinhou a Piedade. Mas a relação entre as duas vai além. Foi durante a gestão de Mestre Tião, há quase 50 anos na escola, que a bateria da Piedade ganhou o nome "Ritmo Forte", sugestão de Mestre Átila, o maestro imperiano.
Sebastião José Reis, conhecido como Mestre Tião, chegou à escola aos 10 anos, tocando chocalho como ritmista. Com o tempo, passou por diversos instrumentos e posições até se tornar mestre de bateria, já experiente. Hoje, ocupa um lugar no conselho fiscal da escola, mas sua ligação com a Piedade permanece tão viva quanto nos tempos de avenida.
O enredo da escola para o Carnaval de Vitória, no próximo sábado (22), celebra os Ibejis — orixás gêmeos que protegem as crianças. Curiosamente, o segundo ano de Mestre Tião à frente da bateria também teve um enredo infantil. "Eu era criança quando entrei na Piedade. Então, eu viajo no tempo", lembra.
Para Mestre Tião, a Piedade é mais do que uma escola de samba. Ela representa a própria essência de sua trajetória. "Tudo que aprendi, aprendi aqui", afirma. Confira no vídeo a entrevista na íntegra!
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta