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Pega no Samba quer ser campeã com a história dos Emirados Árabes

Pega no Samba quer ser campeã com a história dos Emirados Árabes

A agremiação, que nunca foi campeã do Grupo Especial, entrou na avenida já na manhã deste domingo (4), fechando o segundo dia de festa no Sambão do Povo

Publicado em 4 de fevereiro de 2024 às 06:36

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Pega no Samba voltou para o Grupo Especial do Carnaval de Vitória em 2024 e, por isso, foi a última escola a desfilar já na manhã deste domingo (4). A agremiação, que fecha o segundo dia de festa no Sambão do Povo, trouxe o enredo "Pérolas do Deserto", que faz uma viagem aos Emirados Árabes Unidos. 

Confira o desfile da Pega no Samba no Carnaval de Vitória 2024(Rodrigo Gavini)

A agremiação, que nunca foi campeã do grupo de elite e quer conquistar o título, entrou na passarela da folia às 6h22, narrado a sabedoria milenar de um povo que construiu cidades prósperas em meio ao deserto.

Na abertura, a escola mostrou os "Reinos do Deserto". Na comissão de frente, os "Nômades Mercadores" foram representados por componentes que cruzavam o deserto comercializando mercadorias variadas.

Na primeira ala, o Pega mostrou as estrelas, usadas para guiar as caravanas nômades em meio ao "mar de areia". O elemento principal foi o camelo, animal utilizado pelos viajantes durante as longas jornadas.

O carro abre-alas, chamado de "Um Oásis Encontrar" e predominantemente dourado, mostrava um palácio árabe que representava o poderio político e econômico do povo homenageado.

Na avenida, a escola também contou sobre a importância do petróleo, "O Ouro Negro que Prepara o Futuro", tradicionalmente encontrado no Oriente Médio.

Na segunda ala, a agremiação mostrou mapas e instrumentos que auxiliaram a descoberta de novos territórios.

Entre as baianas, a homenagem ficou por conta da "cafeomancia", a prática de "ler o futuro" a partir de desenhos que a borra de café deixa em xícaras, de acordo com as tradições dos árabes.

Além de exaltar o petróleo e as pérolas, materiais de suma importância para a economia árabe, o Pega no Samba representou o café arábica, o cacau e a rica culinária do país.

Para isso, a escola contou com três alas, que, respectivamente, usavam fantasias verde e amarelo, fazendo alusão ao Brasil e sua ligação com o café; verde e azul, carregando cacau na cabeça; e outra com 40 componentes vestidos como chefs de cozinha.

Com 150 componentes, a bateria chamou o público da arquibancada para cantar e sambar e fez homenagem ao Sheik Zayed, considerado o fundador e principal governante dos Emirados Árabes. A história conta que Zayed foi responsável por iniciar negociações importantes para o desenvolvimento de seu povo.

Durante o desfile, foi possível observar componentes usando bermudas e calças à mostra, além de muitas fantasias com acabamento descolando ou descosturando.

Fechando a apresentação, a escola trouxe histórias e contos árabes datados do século IX, além de elementos que faziam referência ao desenvolvimento dos numerais.

Entre os elementos principais dos últimos carros, estava a conhecida história de Ali Babá e os 40 ladrões, que foi representada por cavalos e tesouros. 

Por volta das 7h20 da manhã, o Pega no Samba encerrou o desfile após 58 minutos e 24 segundos na avenida.

FICHA TÉCNICA

  • CORES DA ESCOLA: azul, vermelho e branco;
  • SÍMBOLO: mãos, pandeiro e coração;
  • PRESIDENTE: Dannilo Amon;
  • CARNAVALESCO: Orlando Junior;
  • MESTRE DE BATERIA: Leandro Pimentel e Patrick Rocha;
  • RAINHA DE BATERIA: Eduarda Lima;
  • INTÉRPRETE: Thiago Brito;
  • NÚMERO DE ALAS: 18.

O samba-enredo

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