O desfile da Unidos da Piedade teve um misto de emoções. Da empolgação da pardinha da bateria, e o susto de integrante passando mal. A agremiação, uma das mais tradicionais da Capital, abriu os desfiles do Carnaval de Vitória na noite deste sábado (15). Logo depois de cantar a Oração de São Francisco, o sinal verde foi dado para a escola entrar no Sambão do Povo.
Com 65 anos de fundação e 15 títulos, a escola que carrega o nome de sua comunidade fez um desfile que empolgou o público ao contar a história de vários Franciscos e espera uma nova vitória. Cada Chico foi representado na avenida em fantasias e alegorias. A escola desfilou com 17 alas e três carros - o mínimo exigido nas regras.
O abre-alas e os setores dos primeiros componentes retratavam a espiritualidade, por meio de Francisco de Assis, que se tornou santo pela Igreja Católica. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Luzimar Luz e Layli Rosado, que representavam o irmão sol, irmã lua estava na metade do desfile quando a jovem passou mal, e foi retirada do desfile.
Apesar do contratempo, a escola manteve o ritmo entusiasmado da apresentação. Alas coreografadas e bateria fazendo paradinha encantaram o público.
O carro alegórico que contava um pouco da história de Chico Mendes, ambientalista assassinado, tinha apenas destaques masculinos, algo incomum nos desfiles. A última alegoria foi uma reprodução da Ópera do Malandro, peça do cantor Chico Buarque. Todas as alegorias traduziam bem sua parte no enredo.
Tarefa nada fácil abrir os desfiles da elite Carnaval de Vitória, a Unidos da Piedade, apesar de um ou outro revés, cumpriu bem o seu papel.
A bateria vestida de São Francisco de Assis e fazendo a paradinha foi um dos destaques da Unidos da Piedade.O grupo também cumpriu a obrigatoriedade exigida no regulamento e desfilou com 100 componentes. Na ala das baianas, tudo certo também: havia o mínimo de 30 mulheres bailando.
A saída da porta-bandeira Layli Rosado quebrou a harmonia do desfile e a escola deverá perder pontos por essa razão. Alguns foliões também esconderam celular na fantasia, o que compromete a apresentação. E, na última alegoria, um pedaço da cabeça de boi estava se soltando. No final, a agremiação também acelerou o passo de algumas alas porque estavam estourando o tempo da apresentação.
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