Estudos feitos por pesquisadores do Centro de Meteorologia do governo do Reino Unido preveem que 2021 será um dos seis anos mais quentes já registrados na história. Os estudiosos dizem que o mundo provavelmente ficará cerca de 1 °C mais quente do que na era pré-industrial. Será o sétimo ano consecutivo que ficará próximo ou acima desta marca.
A instituição britânica diz que sua experiência bem sucedida na previsão de temperaturas anuais anteriores faz com que a confiança nas projeções sejam mais certeiras para o próximo ano. A agência estimou que 2020 seria entre 0,99 °C e 1,23 °C mais quente do que os níveis pré-industriais. Dados de janeiro a outubro deste ano indicam que a temperatura anual ficará 1,17 °C acima da média de 1850-1900.
O ano de 2016 continua sendo o mais quente já registrado, com 2020 disputando o segundo lugar com 2019. De acordo com uma avaliação provisória da Organização Meteorológica Mundial, os seis anos mais quentes em registros globais desde 1850 ocorreram depois de 2015. O Met Office espera que 2021 supere 2018 e fique em sexto lugar.
A reportagem de A Gazeta foi atrás de mais informações com o Instituto Climatempo, que revelou que os cálculos são sobre o aquecimento geral do planeta Terra, portanto, não há como fazer ou obter cálculos específicos de como esse fenômeno pode influenciar o Espírito Santo.
"Não temos a temperatura máxima que será atingida no Espírito Santo este ano, mas marcas entre 36°C e 38°C são observadas quase todos os anos", afirmou a meteorologista Josélia Pegorim.
A profissional aproveita para lembrar que no ano passado, em Vitória, a temperatura máxima foi de 37,2 °C no dia 3 de abril. A medição foi feita pelo Instituto de Meteorologia (Inmet) na estação de medição automática.
De acordo com o biólogo e comentarista da Rádio CBN Vitória (92,5 FM) Marco Bravo, o efeito La Niña faz com que, mesmo com as temperaturas fiquem muito elevadas, o clima ainda assim esteja um pouco mais fresco. "O efeito dá uma refrescada. Nós intensificamos o uso de combustíveis fósseis, as cidades cresceram muito. Isso tudo contribui para um aquecimento maior", explicou.
Bravo detalha que as temperaturas elevadas podem causar danos à saúde do ser humano. "O que causamos a natureza volta para nós mesmos em forma de epidemia, doenças que podem aparecer, que já existem relacionadas a altas temperaturas. Teremos que substituir gradativamente os combustíveis fósseis por veículos elétricos, veículos a hidrogênio", completou.
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