Há mais de 40 anos, o município de Aracruz, no Norte capixaba, registrava o maior acumulado de chuvas da história do Espírito Santo em um período de 24 horas. No total, segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram 214,7 milímetros de precipitação no dia 10 de dezembro de 1980, causando estragos e deixando centenas de famílias ilhadas.
Conforme noticiado na época pelo jornal A Gazeta, mais de 13 mil pessoas ficaram desabrigadas em todo o Estado após a tempestade. Aracruz ficou completamente isolada devido à situação das estradas e, em poucas horas, ao menos 32 famílias estavam com as casas alagadas e sem ter para onde ir. Os prejuízos somavam mais de 300 milhões de cruzeiros – atualmente, o valor corresponde a mais de R$ 100 mil.
Apesar da intensa precipitação na cidade, estragos significativos também foram observados em outros municípios da região Norte. Trombas d'água interditaram rodovias e ainda causaram o desmoronamento de um trecho da BR 101, em Linhares. Pontes ficaram destruídas em Ibiraçu e moradores transitaram nas ruas com água na altura do pescoço em João Neiva.
Na Grande Vitória, a chuva provocou em apenas um único dia o rolamento de pedras e a destruição de casas. Vários buracos se abriram na BR 262, em Cariacica, e também em ruas de bairros de Vitória e Vila Velha.
Durante o período do carnaval 2023, o litoral Norte de São Paulo registrou o maior acumulado de chuva que já identificado no País, com 682 mm e um rastro incalculável de destruição. A informação é do próprio governo paulista, que encerrou as buscas no último final de semana. Houve a confirmação de 65 mortos.
No ano passado, o município de Petrópolis, no Rio de Janeiro, teve o acumulado de 530 milímetros de chuva em 24 horas. Mais de 200 pessoas morreram. Antes, o maior índice havia sido registrado em Florianópolis, em Santa Catarina, no ano de 1991, com acumulado de 400 mm em apenas um dia.
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