A chuva esteve presente na vida dos capixabas nas últimas semanas e aproveitar um tempo de praia com tempo firme foi raridade recentemente. Para a alegria dos que estavam com saudades do sol, o astro rei voltou a brilhar forte nesta terça-feira (23) em praticamente todas as regiões e deve permanecer pelo menos até o fim de semana.
Só que os dias ensolarados não devem ser a máxima para o último mês do ano e também no início do verão - com início em 21 de dezembro. Segundo o doutor em Geociências e pesquisador do Instituto de Estudos Climáticos da Ufes, Wesley Campos Correa, dezembro deve repetir o cenário de novembro, ou seja, tempo instável, chuvoso e predominantemente nublado. A boa notícia é que, provavelmente, as precipitações cheguem em menor volume.
"As previsões indicam que dezembro deve ser igual novembro, porém um pouco menos intensa do que vemos até aqui. Climatologicamente, novembro já é muito chuvoso, mas outros fatores colaboraram, como o fenômeno La Niña, que é um pouco 'bagunceiro' para o clima, fazendo com que mude o padrão esperado. No caso do Sudeste, mais chuva e dias amenos. Já no Sul (do Brasil), um clima mais quente, por exemplo. Outro fator que colaborou foi a temperatura da superfície do mar entre o Rio e o ES, que reforçou o canal de umidade que vai para a atmosfera. A frente fria se uniu com ela e vimos essa quantidade grande de chuva", salientou.
Mas se o final de ano pode ser com chuva, em janeiro de 2022, enfim, os dias ensolarados podem surgir. Isto porque o climatologista aponta que os dois primeiros meses do próximo ano devem ter mais sol e menos aguaceiros. Correa, entretanto, não exclui as chances de pancadas isoladas típicas da estação.
"A tendência é que janeiro e fevereiro sejam até meses menos chuvosos do que foi em novembro. O esperado é que dezembro continue chuvoso como está, mas intercalando com a condição atual, e para janeiro e fevereiro, espera-se um tempo mais aberto, firme e até mais seco", aponta o doutor em Geociência da Ufes.
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