A Defesa Civil do Espírito Santo definiu, nesta terça-feira (29), que o risco de chuvas intensas, com a possibilidade de desastres causados pelas condições climáticas, passa a ter o status de "alerta máximo". Em entrevista coletiva, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira, afirmou que o Estado não tem um grande número de ocorrências relevantes, mas emitiu o alerta como forma de prevenção ao que pode acontecer nos próximos dias.
Segundo o representante do Corpo de Bombeiros, há previsão que as chuvas intensas continuem ao menos até a próxima sexta-feira (2). Por isso, a corporação acionou o chamado Sistema de Comando em Operações, também chamado de SCO, responsável por reunir as forças de segurança e deixar as equipes de prontidão.
O comandante-geral comparou a chuva que atinge o Estado nos últimos dias com a tragédia causada pela chuva em 2020, em cidades como Iconha. Segundo Cerqueira, apesar do grande volume de chuva nas duas ocasiões, a diferença é o intervalo de tempo.
"Em 2020, a chuva afetou Iconha e outras cidades, com um acumulado absurdo de água em duas ou três horas, mas agora temos um grande acumulado, mas que notamos uma certa dispersão. Como se houvesse uma distribuição no território da cidade e no horário”, afirma.
Aracruz: 216.18mm
Fundão: 196mm
Ibiraçu: 113.31mm
João Neiva: 104.34mm
Viana: 102.14mm
Conceição da Barra: 97.4mm
Anchieta: 89.8mm
Serra: 79.13mm
Linhares: 73.4mm
Cariacica: 72.91mm
Fonte: Defesa Civil Estadual
Perguntado sobre uma possível comparação com as chuvas que atingiram o Estado de forma agressiva em 2013, Alexandre Cerqueira foi taxativo ao dizer que a ocorrência há 9 anos foi "fora da curva".
A ocorrência em maior destaque no Estado até esta terça-feira (29), segundo Cerqueira, é o trecho da BR 101 entre Aracruz em Linhares. O trânsito foi totalmente interditado para veículos e imagens do local mostram o asfalto cedendo.
Cidades mais afetadas e que podem continuar sofrendo com as chuvas, segundo Cerqueira:
Para o comandante da Cepdec-ES, coronel Áureo Buzato, o acionamento do SCO demonstra que o Estado está se preparando para o que pode acontecer nos próximos dias. Buzato explicou que o monitoramento é feito através de boletins e dados compartilhados entre corporações, inclusive pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), responsável por informar sobre a previsão do tempo.
A previsão de institutos de meteorologia é que a chuva permaneça no Espírito Santo nos próximos dias. Atualmente, há uma Zona de Convergência do Atlântico Sul em atuação no Estado, o que promove a manutenção da instabilidade.
Segundo boletim emitido pela Defesa Civil às 11h desta terça-feira (29), há 145 pessoas desalojadas no Estado, a maioria delas em Vila Pavão (72). Outros 62 estão desabrigados, a maioria em São Mateus (42).
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