Em poucos dias, o Espírito Santo passou do calorão de 40°C para queda de temperatura e fortes chuvas. O biólogo e comentarista da Rádio CBN Vitória (92,5 FM), Marco Bravo, explicou nesta quarta-feira (13) as motivações para os extremos climáticos e afirmou: "É preciso planejamento e cooperação coletiva para encarar as mudanças climáticas que podem ficar cada vez mais extremas nos próximos anos".
Um exemplo recente dessas mudanças no clima é o município de Alegre, na região Sul do Espírito Santo. Há pouco mais de uma semana, no dia 5 deste mês, a temperatura tinha batido a casa dos 40,9°C na cidade, segundo o Instituto Climatempo. Já na última segunda-feira (11), a chuva e os ventos fortes deixaram vários imóveis destelhados na cidade.
De acordo com Marco Bravo, comentarista de Meio Ambiente e Sustentabilidade, a população, incluindo os órgãos públicos e construtoras, terão que passar por uma adaptação a um novo planeta. Ele citou a mudança de temperatura em Alegre, que registrou ventos na velocidade acima de 60 km/h e afirmou que é necessário prevenção e para que problemas não sejam acentuados.
"Vemos os oceanos diminuindo o tamanho das praias devido as mudanças climáticas, esse extremo de sensação términa de 54°C é absurdo. Vários idosos ficam doentes por conta do excesso de temperatura e mudanças no clima. No Brasil obras que sustentem ventos acima 60 km/h. Precisamos saber: Nossas construções e drenagens estão preparadas? A população está sendo educada a não jogar lixo na rua? Grande parte dos entupimentos galerias é feito pela própria população. Em Vitória, por exemplo, temos uma coleta de lixo eficaz, mas pessoas ainda jogam lixos em terrenos baldios e garrafas pets nos rios. Esse lixo é levado aos boeiros e galerias", explicou.
Marco Bravo completou que apesar da forte chuva em várias regiões do Espírito Santo, partes do Noroeste e do Sul do estado sofrem com secas, pouca reserva hídrica e produtores alimentando animais com rações devido à falta de pastos. Ele afirmou que além da preocupação com as limpezas das galerias, drenagens e sustentação de áreas de encosta, é preciso recuperar a vegetação.
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