Com a previsão de que o fenômeno El Niño seja registrado nos próximos meses, a Organização Meteorológica Mundial (OMN), das Nações Unidas, lançou um alerta prevendo seca no Norte e Nordeste do país e fortes precipitações no Sul. Para o Espírito Santo e demais Estados do Sudeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê um inverno "menos severo", sem grandes alterações no regime de chuvas.
Em conversa com A Gazeta, nesta sexta-feira (5), a meteorologista do Inmet, Danielle Ferreira, explicou que o El Niño ocorre no Oceano Pacífico Equatorial, sendo nomeado assim devido ao aquecimento dessa área.
"Quando você tem um aquecimento dessa área é denominado El Niño, e quando você tem o esfriamento, é La Niña. A gente já passou três anos com o oceano mais frio, caracterizando a La Niña", contextualizou.
Danielle Ferreira evidencia que os impactos do El Niño são mais específicos nas Regiões Norte e Nordeste, com a diminuição das chuvas e, no Sul, com aumento das precipitações. Já nos Estados do Centro-Oeste e Sudeste, os impactos podem ser notados nas temperaturas.
"No Sudeste, a gente não observa um impacto da chuva, porém notamos uma elevação da temperatura. Durante o inverno, a gente pode ter temperaturas amenas, sem geadas tão intensas nas áreas elevadas. Devem ser mais fracas", destacou a meteorologista do Inmet.
"Nos anos anteriores tivemos invernos mais severos, porque estávamos sob os impactos da La Niña, mas agora que temos um aquecimento da atmosfera, não temos tantas temperaturas tão baixas, por isso falamos que pode haver um aumento ligeiro na temperatura durante o inverno", completou.
A meteorologista explicou que o El Niño é um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico Equatorial, de acoplamento entre o oceano e a atmosfera. Nesse período, há o aquecimento da temperatura na superfície do mar. Quando ocorre o resfriamento, é a La Niña.
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