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ES terá impactos do ciclone Potira, que se formou no Sudeste do Brasil?

ES terá impactos do ciclone Potira, que se formou no Sudeste do Brasil?

Hugo Ramos, meteorologista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), explica impactos secundários que o Estado pode ter com o ciclone Potira, nomeado oficialmente pela Marinha do Brasil nesta terça-feira (20)

Publicado em 20 de abril de 2021 às 12:33

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NOAA | Reprodução
NOAA | Reprodução. (Ciclone Potira se formou na costa Sul e Sudeste do Brasil)

A formação de um ciclone ao largo do Litoral Sul e do Sudeste do Brasil acendeu um alerta para os capixabas nesta semana. A reportagem de A Gazeta conversou com o meteorologista Hugo Ramos, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que afirmou que, pelo que os profissionais observam, a força dos ventos não está muito intensa e o Estado não deve sentir grandes impactos do fenômeno.

"Estamos acompanhando a evolução do ciclone, ele tem se desenvolvido e até então, está na condição de depressão subtropical e tempestade subtropical. Como ele está posicionado a uma distância da costa do Espírito Santo, é pouco provável que atinja o continente na altura do Estado capixaba", disse.

Ainda assim, o ciclone, nomeado de Potira pela Marinha do Brasil, pode influenciar o Espírito Santo de forma secundária. "Ele está em alto mar, e com isso atividades marítimas sofrem restrições – visto que os ventos podem contribuir para o aumento das ondas. Hoje até que não esperamos rajadas fortes, mas pode ser que no litoral tenha alguma rajada mais intensa", detalhou o profissional.

Questionado sobre a velocidade que os ventos podem atingir esta semana, Hugo Ramos esclarece que na última segunda-feira (20), marcada por chuva forte e rápida em vários trechos da Grande Vitória e no interior do Estado, os ventos chegaram próximos a 50 quilômetros por hora. 

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Ontem (19), onde ventou um pouco mais forte no Estado foi em Linhares, com rajadas de 48, 50 quilômetros por hora. Em Vila Velha, também ficou próximo dos 40 quilômetros por hora. Em outros municípios, ficou abaixo de 30 

Hugo Ramos
Meteorologista do Incaper
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TABELA DA MARINHA

O ciclone, que começou classificado como uma baixa pressão atmosférica, continuou evoluindo, e nesta terça-feira (20) foi reclassificado pela Marinha do Brasil oficialmente como tempestade subtropical, que recebeu o nome de Potira.

"Diferente da tabela de furacões dos Estados Unidos, a Marinha divulga uma lista porque esse tipo de fenômeno ocorre com frequência menor no Brasil. A Marinha tem uma frequência que, desde 2011 para cá, os nomes vêm sendo sequenciados. Ao final, criam uma lista de nomes. Esta, os nomes são em tupi-guarani", explicou Ramos.

QUANDO O CICLONE VAI SE AFASTAR?

Questionado, Ramos afirmou que ainda não há expectativas de quanto o Potira vai se afastar da costa da região Sudeste, e que há uma incerteza sobre o assunto. "Modelos apontam incerteza em relação ao posicionamento dele. Alguns apontam que ele deve se afastar. Tem toda uma trajetória. Ele se formou um pouco acima das linhas dos trópicos. Havia a expectativa de que ele teria um comportamento mais autônomo, com alguma evolução", disse.

"Agora parece que ele vai interagir com a frente fria que está passando pelo oceano e vai se afastar por lá. A Marinha acompanha a trajetória dele através de instrumentação específica, e pelas simulações ela vê justamente que ele pode se afastar nos próximos dias. Mas ainda é uma análise", finalizou o meteorologista.

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