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La Niña faz Vitória ter só 6,7% da chuva esperada para quinzena de março

La Niña faz Vitória ter só 6,7% da chuva esperada para quinzena de março

Segundo o Inmet, choveu apenas 9,2 mm na primeira quinzena de março na Capital, sendo que a média de chuva para todo o mês é de 135,3 mm

Publicado em 18 de março de 2022 às 17:34

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Praia de Camburi
Primeiros dias de março foram de tempo aberto e sem chuva em Vitória devido a fenômeno e a um sistema de alta pressão. (Carlos Alberto Silva)
La Niña faz Vitória ter só 6,7 por cento da chuva esperada para quinzena de março

Entre os dias 1º e 15 de março, a cidade de Vitória registrou apenas 9,2 mm de chuva. O volume registrado na primeira quinzena do mês representa 6,7% da média esperada para todo o mês, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia.  Segundo o Inmet, o período compreende a transição entre o fim do verão e o início do outono, sofrendo efeito do fenômeno La Niña e de um sistema de alta pressão, que deixa os dias mais quentes e sem nuvens no céu. A média de chuva para a Capital durante todo o mês é de 135,3 mm.

A capital do Espírito Santo acompanha tendência das de outros Estados do Sudeste, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Apenas São Paulo registrou um volume de chuva considerável em comparação com a média.

A meteorologista do Inmet Andrea Ramos afirma que há um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) afetando a região do Espírito Santo. Esse sistema de alta pressão promove dias com céu aberto, com poucas nuvens, deixando as temperaturas mais altas e afastando as chances de chuva.

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O sistema de alta pressão promove dias sem chuva e mais quentes. Importante lembrar que há efeito da La Niña, que é responsável por diminuir as chuvas na região Centro-Sul do Brasil. Ela modifica a circulação global, não apenas no Espírito Santo, influenciando diretamente na chuva e na temperatura

Andrea Ramos
Meteorologista do Inmet
Aspas de citação

De acordo com a especialista, o fenômeno deve influenciar o clima no Estado até a metade do outono, estação que começa neste domingo (20).

VEJA QUANTO CHOVEU E O ESPERADO PARA OUTRAS CAPITAIS:

  • Vitória (ES): 9.2 mm (média para março é de 135.3 mm)
  • Rio de Janeiro (RJ): 0.6 mm (média para março é de 138 mm)
  • Belo Horizonte (MG): 16 mm (média para março é de 198 mm)
  • Porto Alegre (RS): 99,6 mm (média para março é de 92 mm)
  • São Paulo (SP): 158,4 mm (até 9h de 16/3; média para março é de 214 mm)
  • Cuiabá (MT): 283,1 mm ( entre os dias 13 e 14 choveu 115 mm; média de 217 mm para março)
  • Salvador (BA): 262,6 mm (média de 157 mm em março)
  • São Luís (MA): 278,3 mm (média de 462 mm em março)
  • Teresina (PI): 283,4 mm (média de 287 mm em março)

Na avaliação de Andrea Ramos, Vitória somente chegará à média esperada para o mês de março caso seja atingida por um "evento extremo", o que aumentaria de forma repentina o volume de chuva. "Esses eventos estão comuns nos últimos anos. Salvo essa exceção, a chuva pode ficar abaixo do esperado", comenta.

CHEGADA DO OUTONO PODE TRAZER CHUVA PARA O ES?

outono deve chegar ao Espírito Santo no próximo dia 20, com uma frente fria que pode mudar a cara do clima, com temperaturas mais baixas e maior chance de chuva.

A massa de ar chega ao Brasil com força suficiente para avançar sobre todo o Espírito Santo, sul da Bahia e norte de Minas Gerais. A previsão é do Instituto Climatempo, que explica que isso permitirá uma maior concentração de umidade em algumas regiões, possibilitando nebulosidade e chuva nessas áreas já nos primeiros dias da nova estação.

O surgimento de frentes frias é uma das principais características do outono. Durante a estação, também pode ser percebida uma queda na temperatura em relação ao verão e uma redução do volume de chuva.

"Observamos que entrará um sistema frontal em parte do Brasil. Se continuar na tendência analisada, haverá a volta das chuvas nesses locais, como o Espírito Santo. Não serão chuvas expressivas, mas a tendência é aumentar um pouco o volume", aponta.

Segundo Andrea Ramos, a expectativa é que o outono diminua a temperatura, além de provocar queda na umidade. É a chamada estação de transição entre o verão e o inverno.

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