Tom Jobim e Elis Regina cantaram as "águas de março fechando o verão" e a música segue atual e fiel às análises meteorológicas, que classificam o outono – que começa no próximo dia 20 – como uma estação de transição, com queda na temperatura, menor volume de chuva e maior possibilidade de frentes frias com impacto ao Espírito Santo.
O outono, caracterizado pela queda de folhas de árvores, funciona como uma mudança gradativa entre o verão – tempo de muita chuva e altas temperaturas – e o inverno, estação com menor volume de chuva e de baixas temperaturas.
O meteorologista Ivaniel Fôro Maia afirma que dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) apontam que, em 2022, o outono terá volume de chuvas dentro do esperado, sem anormalidade, com tendência de queda nas precipitações durante o período da estação.
De março a junho, durante o outono, é normal que as características do verão percam força e o tempo fique mais parecido com o inverno. O Espírito Santo deve ter chuvas frequentes ainda no primeiro mês do outono, até o fim de abril. A temperatura sofrerá queda quando o inverno se aproximar e as frentes frias devem ser mais influentes com a chegada da estação mais fria do ano.
O meteorologista Ivaniel Fôro Maia explica que o fim do outono deve ser mais frio do que o início da estação, que está mais próximo do verão.
Em números, o que pode significar a chegada do outono, segundo o Incaper:
O especialista aponta que, além das temperaturas, as chuvas também são afetadas pela chegada do outono. É comum que os registros sejam menores com a aproximação do inverno.
Em números, o que pode significar a chegada do outono, segundo o Incaper:
As regiões consideradas menos chuvosas pelo Incaper ficam no Norte e Noroeste do Espírito Santo, como as cidades Baixo Guandu, Linhares, Sooretama, Jaguaré e São Mateus.
As regiões Serrana e do Caparaó capixaba são consideradas as mais chuvosas pelo Incaper.
Assim como a queda nas temperaturas, é natural que as frentes frias ocorram com mais frequência entre o outono e o inverno no Espírito Santo.
O meteorologista explica ainda que a frente fria é favorecida pela forma como a terra, sobretudo o hemisfério sul, é atingida pela radiação do sol. No verão, com dias mais longos e mais chuva, a dinâmica da atmosfera não permite que a frente fria provoque quedas substantivas na temperatura. Por outro lado, no outono há melhores condições para que uma frente fria chegue e altere o clima no local.
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