Após a Marinha do Brasil afirmar que um “cavado” pode gerar ventos de até 74 km/h entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, entre quarta-feira (13) e quinta-feira (14), dúvidas surgiram sobre o nome do fenômeno e se ele tem a capacidade de provocar chuva.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dentre os vários termos específicos utilizados na ciência meteorológica, o cavado por definição é uma área de baixa pressão atmosférica alongada em relação ao seu entorno e no mesmo nível de altitude.
Uma área de baixa pressão é representada pela letra B e está associada geralmente ao tempo instável com pancadas de chuva e trovoadas. A de alta pressão é representada pela letra A e está relacionada a calmaria e ao tempo estável.
Em resumo, um cavado representa uma área de baixa pressão e geralmente causa tempo muito instável sobre a região de atuação.
O alerta da Marinha dá conta que de a ventania vai atingir o trecho litorâneo entre Araruama, no Rio de Janeiro, e Vitória, capital do Espírito Santo. O Inmet explica que, mesmo com a capacidade de provocar chuva, o cavado que vai atuar nessas localidades, não deve trazer precipitações.
Na última análise do instituto, foram constatados alguns cavados atuando sobre a America do Sul e sobre a costa do Brasil. Como o que gerar ventos entre o litoral fluminense e o capixaba está sobre o oceano, sua influência na chuva se dará apenas sobre o mar, mas os ventos vão atingir o litoral.
Um cavado mais acentuado e intenso é observado sobre a Bolívia, Paraguai e adentrando sobre o Rio Grande do Sul, na Região Sul do Brasil. Por estar em cima do solo, deve trazer ainda mais chuva a essas localidades.
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