Ciclone Yakecan: este é o nome dado pela Marinha do Brasil ao fenômeno meteorológico que se formou em alto-mar na altura da Região Sul do país nessa segunda-feira (16) — e que, desde então, já causou fortes tempestades e até a morte de um tripulante no Rio Grande do Sul.
Ao longo desta terça-feira (17), a formação ganhou força e passou a ser considerada uma tempestade subtropical. Mas, afinal, o que significam essas nomenclaturas? Quais os efeitos que o Espírito Santo pode sofrer? A reportagem de A Gazeta foi atrás dessas respostas.
Conforme uma nota divulgada nessa segunda-feira (16) pela Marinha do Brasil, o termo "Yakecan" vem de uma expressão tupi-guarani que significa "o som do céu". A adoção de nomes para eventos como ciclones segue regulamentação própria e é adotada devido à relevância do sistema meteorológico.
Conforme explicado por uma meteorologista do Instituto Climatempo ao G1 RS, os ciclones são sistemas de baixa pressão associados a nuvens carregadas, que tendem a provocar fortes chuvas. No hemisfério sul, como é o caso do Yakecan, a formação tem o ar se movimentando no sentido horário.
A única diferença entre ciclone e a tempestade é a intensidade ou magnitude. No caso das tempestades, os ventos são mais fortes, variando de 89 km/h a 117 km/h. A mudança de categoria de ciclone para tempestade normalmente acontece quando o fenômeno se aproxima da costa.
Além das categorizações principais, os ciclones e as tempestades podem ser subtropicais, tropicais ou extratropicais. A diferenciação entre essas subcategorias se dá principalmente devido a questões específicas e relativas à temperatura e ao local da formação deles.
Na mesma nota em que nomeou o ciclone Yakecan, a Marinha do Brasil prevê que a tempestade subtropical seja reclassificada como tempestade tropical a partir do avanço dela em direção à costa, prevista para acontecer entre as noites desta terça-feira (17) e quarta-feira (18).
Esse sistema de baixa pressão atmosférica deve causar ventos intensos nas proximidades do litoral entre o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro até esta quinta-feira (19). No mesmo trecho, as ondas também podem variar entre três e seis metros de altura nos próximos dias.
Já no que diz respeito aos efeitos no Espírito Santo, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) afirmou que o fenômeno fará com que o mar do Estado fique mais agitado, influenciando as atividades de navegação marítima.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta