Após viajarem milhares de quilômetros pelo ar, poeiras provenientes do deserto do Saara, na África, chegaram ao Brasil. A travessia pelo Oceano Atlântico começou na semana passada e, por enquanto, as partículas atingem o Amapá. No entanto, a previsão é que elas também alcancem outros Estados das regiões Norte e Nordeste do país na próxima semana.
Apesar de esse cenário poder passar uma má impressão à primeira vista, o fenômeno é comum e acontece várias vezes durante o ano. Aos curiosos, vale esclarecer que a poeira não costuma ser vista caindo do céu ou soprada pelo vento de forma a diminuir a visibilidade ou encobrir objetos.
De acordo com informações divulgadas pela Climatempo nesta quinta-feira (10), a poeira do Saara colabora para que as chuvas sejam mais volumosas e os raios mais frequentes no Norte do Brasil. Além de trazer importantes nutrientes (como o fósforo) para a Amazônia, colaborando para a fertilidade do solo.
A Nasa – agência aeroespacial dos Estados Unidos – já fez um vídeo explicando esse processo. Confira:
As toneladas de partículas chegam à América do Sul graças aos ventos alísios e um posicionamento favorável da Zona de Convergência Intertropical nesta época do ano. Segundo a empresa de meteorologia, o fenômeno atinge o país com mais frequência entre os meses de janeiro e maio.
Ao longo da próxima semana, a poeira do Saara deve chegar a seis Estados brasileiros: Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Atualmente, a maior concentração dela se dá em alguns países da África e do Oriente Médio, como Egito, Iraque, Nigéria, Chade e Níger.
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