Não é novidade que os termômetros em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, registram temperaturas altas no verão. Mas quais são os fatores que levam a cidade ter a fama de ser tão quente? O Rio Itapemirim, que corta o município, e as serras que rodeiam a região são fatores, segundo especialista, que ajudam a explicar o calorão.
Nesta terça-feira (18), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) registrou 37,1°C com sensação térmica de 44°C no distrito de Pacotuba, onde o órgão possui equipamento de medição. Já na sede, segundo as estimativas, o índice de calor chegou aos 46°C, que eram esperados.
O meteorologista do Incaper Ivaniel Forô afirma que o rio e o relevo da Região Sul contribuem para esta sensação térmica alta na cidade.
“O rio vai perdendo água por conta do processo evaporativo. Nos dias quentes, quanto mais sol eu tenho, quanto mais energia solar eu tenho, mais umidade eu desprendo daquele corpo de água. E, se você não tem vento, eleva a sensação de desconforto para a gente”, explicou.
Outro fator, disse Forô, é o conjunto de serras. Cachoeiro de Itapemirim é cercada por morros. Essas formações impedem a circulação do ar, causando o calor e a sensação de abafamento.
Nesta quarta-feira (19), de acordo com a previsão do tempo do Incaper, as condições seguem similares as de terça. A temperatura máxima pode chegar aos 37°C e o índice de calor pode atingir os 44°C de sensação.
Segundo a Coordenação de Meteorologia do Incaper, em Cachoeiro de Itapemirim, a estação meteorológica foi instalada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em 1925, e operou de forma regular até o ano de 1992. Após um longo período desativada, ela voltou a funcionar no ano de 2005 em um outro lugar, o que ocasionou a geração de uma nova série de dados e ficou em atividade até 2019, onde foi desativada.
A mais alta temperatura registrada no município ocorreu em 9 de janeiro de 1969, onde o termômetro registrou 42,5 °C. Já em 31 de outubro de 2012, houve o registro de 43,0 °C, sendo o maior registro observado em todo o Espírito Santo.
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