O Espírito Santo registrou 100 focos de incêndio durante o mês de agosto, conforme números atualizados diariamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o pior resultado para o mês dos últimos 21 anos. Em 2003, o Estado registrou, no mesmo período, 142 focos de incêndio. Desde então, não havia chegado ou ultrapassado a marca de 100 focos em agosto.
O Inpe coleta os dados desde 1998. O mês de agosto de 2024 tornou-se, portanto, o 2º pior da história do Espírito Santo. O aumento das queimadas não é exclusividade do Estado capixaba. Durante o mesmo período, o Brasil registrou mais de 68 mil focos de incêndio – o pior número para o mês desde 2010.
Considerando os dados do Inpe, agosto tem a tendência de aumento nos números de incêndio. O mês costuma registrar, em média, 51 focos de incêndio no Espírito Santo. Em 2024, porém, os registros quase dobraram a média.
Até esta quarta-feira (4), o Brasil havia registrado 145.027 focos de incêndio, segundo números do Inpe. No ano, foram 394 focos de incêndio no Espírito Santo. A quantidade de registros no Estado é 118% maior do que no mesmo período do ano passado.
O número de incêndios em todo o Brasil segue crescendo. Se não bastasse o aumento das queimadas em agosto, o mês de setembro também tem demonstrado alta. Em todo o mês de setembro do ano passado, o Espírito Santo registrou 54 focos de incêndio. Considerando os números do Inpe nos três primeiros dias de setembro de 2024, já são 60 focos de incêndio.
O aumento dos incêndios no Estado, mas também em outras partes do Brasil, afeta diretamente o clima nas regiões. O Espírito Santo recebeu fumaça da Amazônia no início da semana, por meio de um "corredor de fumaça", deixando o céu cinza. Algumas pessoas relataram, inclusive, dificuldade para respirar.
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