A chuva intensa que ocorreu na tarde de terça-feira (7) fez o nível dos rios que cortam municípios da Região Sul do Espírito Santo elevar. Pontos de Cachoeiro de Itapemirim e Alegre ficaram alagados. Mimoso do Sul, município fortemente afetado pela enchente em março do ano passado, voltou a ter casas e comércios tomados pela água na região central.
Em Mimoso do Sul, segundo a Defesa Civil, nove pessoas (de 4 famílias) estão desalojadas. A chuva começou por volta de 17h e durou cerca de uma hora e meia, o suficiente para causar prejuízos na cidade. Ainda de acordo com o órgão, na noite de terça-feira foram registrados, através de pluviômetros manuais, mais de 100 milímetros de chuva; no interior foram cerca de 140 milímetros.
O Rio Muqui do Sul atingiu mais de quatro metros de altura e transbordou, causando alagamentos em casas; calçamentos também foram arrancados. “Aqui no comércio em que trabalho a água entrou uns 60 centímetros. Por conta do alerta da Defesa Civil foram levantados os móveis e estamos tirando a lama e sujeira”, contou a funcionária de um comércio de frutas e verduras no Centro, Aline Padela da Silva.
Devido ao volume elevado de chuva, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) está enfrentando problema na captação de água bruta, que está sendo tratada em menor quantidade. Além disso, houve rompimento de tubulação na rede, que, segundo o órgão, está sendo reparado.
Os bairros mais atingidos foram Santa Marta, Coqueiro, Água Limpa, Belo Monte e Palmeiras. Na manhã desta quarta-feira (8), a prefeitura informou que realiza um serviço de limpeza na cidade, além do monitoramento das localidades mais afetadas.
No município de Alegre, na Região do Caparaó capixaba, a prefeitura disse que enfrentou sérios impactos devido às chuvas intensas. O Córrego Conceição ultrapassou sua cota de inundação e vários pontos da cidade, especialmente nas áreas mais baixas, sofreram com as águas que invadiram residências e vias públicas.
Na BR 482, que conecta Alegre ao distrito de Celina, um deslizamento de terra chegou a bloquear completamente o tráfego.
Algumas residências em áreas vulneráveis foram diretamente atingidas. O fluxo de lama desceu das encostas e invadiu imóveis. A equipe da Defesa Civil Municipal e funcionários da prefeitura estão atuando para minimizar os danos e trabalhar na desobstrução de vias. A cidade está sendo monitorada continuamente, com o objetivo de proteger a população e auxiliar os atingidos pelas chuvas e deslizamentos.
Ainda na região, em Iúna, o município tem registrado diversos pontos com deslizamento de encostas e barrancos, dificultando a locomoção nas comunidades rurais.
Segundo a prefeitura, também há casos de deslizamento de terra nas margens das pontes, como ocorreu na comunidade Bonsucesso. Uma equipe da Secretaria de Interior está atuando para melhorar a condição das estradas.
O Rio Itapemirim subiu durante a noite de terça-feira (7) e alagou ruas do distrito de Pacotuba, interior de Cachoeiro de Itapemirim. Segundo a prefeitura, o nível às 7h (última marcação registrada) era de 1,35 acima do leito normal. Não há registro de desalojados.
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