Os meses de novembro e dezembro, considerados chuvosos no Espírito Santo, devem ter menos chuva no Estado devido ao El Niño, e temperaturas acima da média durante todo o verão, que termina em março de 2024. A previsão acende o alerta para a situação dos rios capixabas próximos de atingir o índice crítico.
Uma nota técnica do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), enviada à reportagem de A Gazeta na quinta-feira (23), ressalta que as expectativas de chuvas entre outubro e novembro foram frustradas e que a situação não deve mudar.
Por conta disso, o instituto destaca a importância da adoção de medidas a fim de promover um uso mais sustentável da água, evitando escassez hídrica até o fim do ano. Nesta semana, o governo estadual declarou estado de atenção, orientando prefeituras a proibirem o uso de água para lavar calçadas e regar jardins.
Em relação às temperaturas, os prognósticos climáticos do Incaper apontam para valores acima da média até o final do verão em 2024, levando a um aumento da evaporação da água do solo. O instituto recomenda atenção para as condições de baixa umidade relativa do ar, que podem favorecer incêndios na vegetação.
Os fenômenos climáticos El Niño e a La Niña ocorrem no oceano Pacífico Equatorial. Enquanto o El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal dessa região, a La Niña é marcada por temperaturas mais frias. Essas mudanças afetam globalmente os padrões atmosféricos, transporte de umidade, temperatura e precipitação.
O aquecimento provocado pelo El Niño causa mudanças no comportamento dos ventos e no regime de chuvas em algumas áreas do planeta. Como consequência, ocorre uma diminuição das águas mais frias que afloram próximo à Costa Oeste da América do Sul.
No Brasil, a evidência mais conhecida é a modificação do regime de chuvas na parte norte da Região Nordeste e a Região Amazônica, onde a seca se agrava, e a Região Sul, onde as precipitações se intensificam.
O Incaper explica que ao longo do tempo muitas pesquisas tentam buscar respostas cientificas sobre os impactos do El Niño no Espírito Santo. No entanto, ainda não há uma descrição relativa do regime de chuva sob a influência deste fenômeno no Estado.
Por outro lado, alguns estudos descritivos mostram que a média das temperaturas no sudeste do Brasil ficam acima da média climatológica.
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