A chegada do mês de setembro no Espírito Santo representa uma estabilidade no tempo, sem a chamada gangorra térmica vista em agosto, ou até mesmo as alternâncias entre ondas de calor e frio. Conforme a previsão dos institutos de meteorologia, o mês terá um "padrão seco", com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, sobretudo nos primeiros dias. Há, no entanto, uma previsão de trégua entre os dias 7 e 8 de setembro, quando o tempo no Espírito Santo deve ficar mais ameno.
O meteorologista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Hugo Ramos explica que uma onda de calor é estabelecida por uma massa de ar seco. Há, inclusive, uma massa de ar seco influenciando o tempo no Estado nestes primeiros dias de setembro. Na Grande Vitória, a temperatura pode superar os 30 °C, enquanto nas regiões Sul e Norte, 35 °C.
Apesar do calor previsto para o Espírito Santo, as temperaturas devem ficar dentro da média. É o que indica o Climatempo, que aponta temperaturas acima da média em Estados como Mato Grosso, Amazonas, Pará, Tocantins e parte de São Paulo e Minas Gerais. O Estado do Rio de Janeiro tem como classificação "temperatura um pouco acima da média". O Espírito Santo, portanto, deve ficar dentro da média.
Sobre as chuvas, o Climatempo aponta que a precipitação deve ficar "um pouco abaixo da média" no Espírito Santo. Não há um volume previsto para o mês de setembro.
O mês de agosto trouxe algumas preocupações, como o aumento do número de queimadas no Espírito Santo. Incêndios cresceram 73% neste ano em comparação com 2023. A combinação de temperaturas elevadas e precipitação abaixo da média aumentou o risco de incêndio em vegetação.
Ainda de acordo com o meteorologista Hugo Ramos, a preocupação continua e os cuidados também devem permanecer. "Estamos na época mais seca e fria do ano. Neste momento, a vegetação fica mais seca, as plantas estão sofrendo com a falta de água. Em função disso, há mais oxigênio. Em caso de ignição, é possível que ocorra incêndio, atingindo proporções catastróficas", explicou em entrevista à repórter Any Cometti, da TV Gazeta.
O resfriamento das águas do Pacífico, fenômeno conhecido como La Niña, é previsto por especialistas para o fim de 2024. O resfriamento torna a circulação do ar mais úmida em parte do país, com a possibilidade de aumentar o volume de chuva no Espírito Santo e adiantar o período chuvoso.
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