Por muitos anos, o paulista Anderson Andrade ficou conhecido por tocar em bandas e festivais no meio secular pelo Espírito Santo e Brasil afora. Mas tudo mudou, em 2005, quando ele se apresentou, na última edição do Festival de Alegre, um dos maiores do Brasil. Antes de entrar no palco, a banda sempre fazia uma oração. E, ao observar um público de quase 40 mil pessoas, via também muitos jovens se drogando. Ali, senti Jesus falar ao meu coração, pois não queria ser instrumento para influenciar pessoas para se autodestruírem.
O cantor passou por uma fase de conversão e a compor músicas cristãs, onde o foco é o amor, a esperança, fé e união entre os povos. Contudo, Deus tinha algo ainda maior na sua vida: o projeto Devocional na Praça. Em 2017, através de um sonho, o Senhor mostrou toda a estrutura para o músico, com o uso de paletes. Cheguei a questionar: Deus, isso não! Como vou fazer isso e sobreviver? Ele respondeu: se preocupa com a minha obra e eu me preocupo com a sua vida.
Hoje o cantor leva mensagens de amor e esperança, por meio da música, em diversas praças da Grande Vitória e vive de trabalho missionário. Entre as experiências, o testemunho de um jovem. Era um dia nublado e, normalmente, não faço devocional em dias chuvosos, para não estragar os equipamentos. Nesse dia, cheguei a levantar, mas voltei para a cama. O Espírito Santo me incomodou e disse que era para tocar. E, logo cedo, ao me apresentar em Vitória, um jovem de boa aparência comprou um pão de queijo e sentou na minha frente. Naquele momento, senti do Senhor de cantar a canção Ele me ama. O rapaz começou a chorar e disse que Deus era muito na minha vida. Cheguei perto dele e perguntei, porque estava falando isso. O jovem respondeu que aquela seria sua última refeição, pois estava decidido a pegar o carro e se jogar da Terceira Ponte, após perder a mãe e o irmão naquela mesma semana. Choramos, oramos juntos, compartilhamos experiências e o jovem decidiu entregar o seu coração a Jesus. Isso não tem preço e entendo a responsabilidade desse projeto para salvar vidas.
Atualmente o músico participa de eventos gospel em praças, igrejas, comércios, restaurantes, festivais e ações sociais. Desde criança, minha mãe sempre dizia: Você vai ser músico! Infelizmente, ela faleceu em 2002, no dia 25 dezembro, de câncer. Era uma data triste, pois ela morreu no dia de Natal. Até que uma amiga me disse que aquele dia também poderia ser diferente se passasse a ajudar outras pessoas, por meio da música, como faço nas praças. No último Natal (2019), tive a oportunidade de participar da ação social Natal sem Fome, em Cariacica. Mais de mil pessoas carentes foram beneficiadas com um delicioso café da manhã e almoço. Hoje sei qual é o meu chamado e tenho a certeza que a minha mãe se sente orgulhosa. Independentemente de religião, minha missão é levar o amor de Cristo às pessoas, por meio da música.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta