A Copa do Mundo Sub-17 se encerra apenas no próximo final de semana, mas o Espírito Santo se despediu da competição Fifa na noite deste domingo (10), após a vitória do México sobre a Coreia do Sul por 1 a 0. Foi o último dos 16 jogos que o Kleber Andrade, em Cariacica, recebeu. Os portões do estádio se fecharam para o torneio que certamente deixou um gostinho de quero mais para os torcedores que compareceram ao principal palco esportivo do Estado e se divertiram com as partidas. Não há outra constatação: o evento foi um sucesso em terras capixabas.
Um total de 15 seleções passaram pelo Estado. Elas ficaram hospedadas em Vitória, treinaram na Serra e disputaram seus jogos em Cariacica. Todo o planejamento funcionou perfeitamente e nenhum incidente foi registrado. Dentro do estádio, o capixaba fez sua parte. Garantiu a melhor média de público para o Klebão até o momento e isso sem assistir sequer um jogo do Brasil. Motivos de comemoração para o secretário de Estado de Esportes e Lazer Júnior Abreu.
"Minha avaliação é a melhor possível. Superou todas as expectativas que tínhamos. Uma coisa que ficou latente foi a presença da torcida, que deu um show à parte. O capixaba deu uma demonstração de que quando tem bons jogos, boas seleções, bons times, ele comparece, vibra e se diverte. O feedback da Fifa é o melhor possível. A fala do Comitê Organizador é: 'sem sombra de dúvida, o Espírito Santo é a melhor sede do Mundial Sub-17'. Modéstia à parte, o Espírito Santo provou que tem condições de realizar esse tipo de evento", comemorou o secretário.
O sentimento de dever cumprido após um resultado positivo é entorpecente. Entretanto, a euforia não pode mascarar problemáticas que estão enraizadas no esporte capixaba. Muito se fala em um possível legado que a Copa do Mundo Sub-17 pode deixar para o Espírito Santo. As melhorias no Kleber Andrade são visíveis e não vão embora após a competição. Mas é só isso? É preciso mais. Com base no que foi vivenciado nos últimos dias, Júnior Abreu cobra profissionalização dos atores envolvidos no esporte local.
"No evento que aconteceu aqui, vimos o nível de profissionalização que é preciso. Em uma competição de grande porte se analisa os detalhes. Temos a expectativa que fique esse legado para o Estado. A Copa do Mundo é um ensinamento para todos nós. O legado é a percepção que o esporte precisa se profissionalizar. O poder público pode ajudar, ser um vetor, mas não vai fazer esse papel sozinho. Se conseguirmos que a turma do esporte se profissionalize, penso que já é um grande legado", declarou.
É óbvio que os problemas do esporte capixaba não serão resolvidos da noite para o dia. Mas, também está claro que quando estimulado, o torcedor responde aos eventos. Falta qualidade ao produto local para incentivar a presença do público. É esperar que o que foi vivenciado no evento Fifa possa nutrir de ideias clubes, dirigentes, federações e todos aqueles que lutam para elevar o nível esportivo do Estado. Caso contrário seremos eternos reféns de grandes eventos que vão passar, mas não pertencer ao Espírito Santo.
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