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Mercado de aço desaquece e antecipa parada de alto-forno 2 da Arcelor

Mercado de aço desaquece e antecipa parada de alto-forno 2 da Arcelor

Interrupção das atividades aconteceu dois meses antes do previsto

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 00:58

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Alto-forno 2 da ArcelorMittal Tubarão. (Rogerio Mathias da Costa)

O desaquecimento do mercado de aço no Brasil e no mundo, a persistente crise econômica nacional e o desastre de Brumadinho, que impactou nos preços do minério – matéria-prima para a fabricação do aço –, são alguns dos fatores que levaram a ArcelorMittal Tubarão a antecipar a parada programada de um dos seus altos-fornos.

Previsto inicialmente para ter as atividades interrompidas no segundo semestre, o alto-forno 2 – que tem uma capacidade de produzir 1,2 milhão de toneladas de ferro-gusa por ano – está paralisado desde junho. Mas é só agora em agosto que ele terá suas obras de manutenção iniciadas.

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Questionada pela coluna se o rompimento da barragem de Brumadinho causou uma redução, pela Vale, no fornecimento de minério de ferro e pelotas e, se isso teria contribuído para a revisão do cronograma, a Arcelor garantiu que não. Já, ao ser perguntada sobre impactos nos preços, a siderúrgica explicou que “não comenta sobre valores de mercado”.

Mas uma fonte ligada à companhia contou que o preço do minério foi levado em consideração para antecipar a parada do alto-forno 2. Só para se ter uma ideia, antes de Brumadinho, o minério valia US$ 60 a tonelada e, após a tragédia, passou a valer US$ 100 a US$ 110, segundo informações do Instituto Aço Brasil.

Obras 

Além da reforma do alto-forno 2, a máquina de lingotamento contínuo 2 também vai passar por adequações. Segundo a Arcelor, aproximadamente 1.100 trabalhadores serão demandados nas obras que vão acontecer deste mês até outubro. Os dois trabalhos serão realizados pela empresa capixaba Imetame.

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Alerta

A ArcelorMittal Tubarão ao realizar a parada das suas plantas não está fazendo nada de errado. Aliás, a interrupção de atividades é procedimento natural e necessário em qualquer indústria e cabe ao acionista defini-la.

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Mas com os números ruins que a economia capixaba continua colecionando, a parada dos equipamentos é vista com atenção pelo mercado, que já vem acompanhando uma brusca queda na produção industrial em diferentes setores ao longo de 2019. De janeiro a junho deste ano o Espírito Santo amarga o pior resultado do país, com um recuo de 12% na produção industrial. Ninguém quer que o segundo semestre siga o mesmo rumo.

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