Volta Redonda, Flamengo, Fluminense e Portuguesa são as equipes finalistas do Campeonato Carioca. Alguma surpresa? Na minha opinião não, pois analisando as campanhas veremos que tanto o Voltaço como a Lusa, vistos como “patinhos feios”, fizeram o trabalho certo e conseguiram a classificação com méritos, acompanhando os dois grandes sobreviventes do futebol do Rio de Janeiro.
Sim, considero a dupla Fla-Flu sobrevivente do outrora charmoso Campeonato Carioca, enquanto Vasco da Gama e Botafogo tropeçaram nos seus próprios erros e defeitos já conhecidos da temporada passada.
Escrevi em coluna anterior sobre a preocupação dos torcedores alvinegros e cruz-maltinos na preparação de suas equipes para o Campeonato Brasileiro da Série B. O Botafogo, até agora, com seu técnico Chamusca demora em definir uma equipe titular. O questionamento é válido porque sabendo que o atual elenco é fraco, o time irá precisar de um mínimo de entrosamento para enfrentar os adversários.
O Vasco está um pouco na frente. Pelo menos o técnico Marcelo Cabo já tem uma equipe definida, e mesmo não sendo o time dos sonhos vem mostrando evolução. Aliás, o Vasco só foi eliminado porque foi muito mal nas primeiras rodadas.
Flamengo e Fluminense, nesta ordem, podem ser considerados favoritos ao título. Porém, com o início da participação deles na Libertadores, logicamente prioridade de ambos, as chances de Volta Redonda e Portuguesa crescem pelo fato de estarem focados apenas em uma competição.
Ontem (segunda-feira (19) um amigo, torcedor do Gigante da Colina me fez uma pergunta que está deixando a torcida de cabelos em pé: “Qual é o Vasco que devo acreditar, o que venceu o Flamengo com excelente atuação ou o que empatou com o Boavista”? Relatei ao desconfiado amigo um pouco da minha experiência de atleta profissional sobre a diferença entre disputar um clássico e jogar uma partida contra equipes consideradas de menor expressão.
Apesar da partida contra o Boavista ter tido o aspecto de decisão, o fato de jogar um clássico (principalmente contra o grande rival Flamengo) mexe mais com o psicológico do jogador, fazendo com que ele ganhe mais motivação para a partida. Sim, acontece, e não é menosprezo ao adversário. Mas em dia de clássico, você já acorda pensando no jogo e em tudo o que pode e deve acontecer. Com isso o seu foco fica bem maior e aquele algo mais aparece durante a partida.
Quando se fala que clássico não tem favoritos, independente do momento das equipes, deve-se justamente ao fato da maior motivação dos atletas nestes jogos. Ah! Antes que você caro leitor me pergunte se a motivação não vale para os dois lados. Respondo prontamente que a motivação será sempre maior para os jogadores da equipe tecnicamente inferior.
Essa me foi confidenciada por um influente personagem da Gávea, que faz parte do grupo que fica na lanchonete da piscina. Acho bom Rogério Ceni (que nunca foi unanimidade na diretoria do Flamengo) abrir bem o olho e fazer sua equipe jogar bem mais do que vem apresentando, independente se é o time titular ou o alternativo.
Com Renato Gaúcho de volta ao Rio de Janeiro, alguns dirigentes já começam a sugerir a troca no comando do time rubro-negro. Para esse influente personagem, a campanha na Libertadores será o fiel da balança.
Na rodada do último final de semana do Capixabão, destaque para o Rio Branco de Venda Nova, que venceu o xará Capa-Preta por 2 a 1 e segue firme na liderança da competição, com 100% de aproveitamento.
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