Imagine que sua empresa é um barco e um dos tripulantes está comprometendo a navegação. Digamos que ele tenha causado pequenos danos no passado e, mais uma vez, contribuiu para um vazamento que está lentamente enchendo a embarcação de água. Apesar de ter seu valor, sua presença tem atrasado a viagem, colocando todos em risco. Então, surge o dilema: qual é o momento certo para agir?
Mesmo com suas qualidades, o colaborador atrapalha o progresso do negócio, portanto é preciso refletir sobre a possibilidade de seguir com ele até encontrar outra pessoa para substituí-lo, ou se o melhor é não esperar e desligá-lo de imediato. O importante é deixar clara a sua decisão, a procrastinação não resolve o problema — apenas adia o inevitável.
Dispensar o tripulante na primeira parada pode resultar em um aumento temporário de trabalho para o restante da equipe, tornando a navegação mais lenta. Entretanto, o barco já está em processo de reparo e o capitão está comprometido em reforçar que os melhores se mantêm a bordo e, juntos, vão garantir a chegada ao cais.
Além disso, comunicar essa decisão rapidamente também beneficia o próprio funcionário. Quanto antes ele souber que não faz mais parte da equipe, mais cedo poderá traçar seu próprio caminho, ajustar sua rota e encontrar um lugar onde suas habilidades sejam realmente valorizadas.
Segurar alguém em uma posição que já não faz sentido seria como deixá-lo à deriva, preso em uma viagem sem rumo. Isso prejudica os negócios e limita as oportunidades de crescimento do colaborador, impedindo-o de seguir adiante e encontrar novos horizontes.
Sei que demitir alguém nunca é uma decisão fácil; exige muita reflexão e pulso firme por parte do líder. Mas nesse ponto precisamos pensar na empresa como um todo: uma peça mal posicionada pode comprometer toda a base da estrutura organizacional.
É claro que cada companhia é um caso. Em equipes menores, a sobrecarga pode ser maior e gerar momentos de estresse. No entanto, vale colocar na balança e perceber se os atrasos causados por um funcionário não estão afetando mais o grupo do que uma eventual demissão. No final das contas, um líder deve priorizar a saúde e a produtividade do time, mesmo que isso implique tomar decisões difíceis.
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