Movimentos e discursos do deputado estadual Capitão Assumção (PSL), ao longo da última semana, deixaram uma certeza e uma pulga atrás da orelha.
Na carreata em apoio a Assumção realizada pelas ruas de Vitória neste sábado (5) de manhã, alguns dos carros levavam o mesmo adesivo, com a uma foto de Assumção fardado e apontando uma pistola prateada para cima, além da seguinte mensagem: A Capital tá com o Capitão. Soa como slogan de candidatura. Será que Assumção está cogitando lançar-se na disputa a prefeito de Vitória?
O deputado firmou bem os dois coturnos na oposição ao governo Casagrande na Assembleia. Sessão sim, a outra também, ele dispara críticas ao governo da tribuna, inclusive ao programa Estado Presente, carro-chefe do governo no combate à violência. Estado Presente não existe. Estado Presente são reuniões semanais para discutir números, onde a vida não vale nada e onde as estatísticas são modificadas, discursou o parlamentar do PSL, na última quarta-feira (2).
De acordo com o Observatório da Segurança Pública, mantido pelo governo estadual, o índice de homicídios dolosos tem caído sensivelmente no Espírito Santo. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 631 assassinatos. No mesmo intervalo do ano passado, foram 761. Queda de 17%.
Em São Mateus, o prefeito Daniel da Açaí (PSDB) terá seu último recurso julgado pelo TSE na próxima terça-feira (8). É a última esperança dele de se manter no cargo. Em 2017, o TRE o condenou à perda do mandato por compra de votos para ser mais preciso, distribuição gratuita de água aos moradores da cidade, em meio a uma grave crise hídrica, em troca de votos.
Os aliados do prefeito estão compartilhando pelas redes sociais um funk composto por um apoiador, cuja letra parodia o clássico Eu só quero é ser feliz: Eu só quero é ser feliz / E ter em minha cidade o prefeito que escolhi / E por ele eu vou lutar / Em respeito ao nosso voto, Daniel tem que ficar
Seguimos o nosso passeio acima do Rio Doce: o governador Renato Casagrande recebeu o prefeito e vereadores de Alto Rio Novo no Palácio Anchieta, na última quinta-feira. A cidade fica na Região Centro-Oeste do Estado. O que mais chamou a atenção foi a presença do deputado estadual Marcelo Santos (PDT), o que reforça uma percepção e indica outra: ex-futuro secretário de Esportes de Casagrande, Marcelo está afinadíssimo com a atual administração. Além disso, pode estar querendo expandir sua capilaridade eleitoral. Em 2018, ele obteve módicos dois votos na cidadezinha vizinha de Colatina.
Também na quinta-feira, Casagrande fez uma rápida passagem por Alfredo Chaves, no Litoral Sul, para entregar equipamentos e inaugurar uma quadra poliesportiva. Nesse caso, a presença que chamou a atenção na comitiva foi a do secretário estadual de Controle e Transparência, Edmar Camata (também do PSB). Primeiro porque Camata é de Vila Velha; segundo, porque as entregas, a princípio, nada têm a ver com a secretaria dele, uma pasta meio.
Os dirigentes do PSB têm planos grandes para o secretário, se não para a eleição do ano que vem, certamente para as seguintes. Alguns falam em lançá-lo a prefeito de Vila Velha. Pelo visto, a ideia de Casagrande é tirar Camata do gabinete de vez em quando para lhe dar um banho de política, a fim de quebrar a sua imagem hoje estritamente técnica.
Eleito pelos colegas na última quinta-feira (3) para ser o próximo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), o desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa foi personagem de um perfil traçado pela coluna três dias antes, na estreia do novo site de A Gazeta. Ronaldo, 72 anos, leu o perfil feito por esta coluna. Mas fonte próxima a ele garante: o desembargador imprimiu o texto do site, para poder lê-lo em papel. É justo.
As últimas sessões da Assembleia Legislativa foram marcadas por tensão, mas também por alguns momentos divertidos. Presidindo um momento da sessão, o deputado Adilson Espindula (PTB) chamou Hudson Leal (Republicanos) para discursar na tribuna deste jeito: Deputado Hudson Leal, futuro prefeito de Vila Velha. Hudson se diz mesmo pré-candidato, mas deve ter ficado acanhado com a forma de tratamento. Declinou da palavra.
Na terça-feira (1º), o líder do governo Casagrande, Enivaldo dos Anjos (PSD), estranhou-se um pouco com Rafael Favatto (Patri), que tem votado contra o Executivo. Mas, para aliviar a tensão, ficou de bem com o adversário: Vai que eu tenho um parto aqui e preciso de você... Favatto é obstetra e ginecologista.
No momento da votação do projeto do governo que cria uma fundação para gerir hospitais estaduais, Marcelo Santos e Euclério Sampaio (sem partido), dados a fanfarronices em plenário, declararam o voto de maneira inusitada: Bancada dos sem partido vota sim, anunciou Euclério. Marcelo emendou: Na condição de liderado do líder do governo, mas também da bancada lado B, encaminho voto sim.
Falando em marcelices, o deputado tem chamado a deputada Raquel Lessa (PROS) de Maria da Paz em plenário. É referência à protagonista da novela A Dona do Pedaço, interpretada por Juliana Paes. Qual é a semelhança? A origem. Raquel é de São Gabriel da Palha, cidade governada por ela no passado. Como já publicou o colunista Leonel Ximenes, a cidade fictícia onde a personagem teria nascido se localiza exatamente no ponto em que fica São Gabriel no mapa.
Concebido pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, o projeto que cria a fundação iNOVA para gerir hospitais foi aprovado por 21 votos a 5, após sofrer muitas críticas de oposicionistas, como Vandinho Leite (PSDB). Após a aprovação da matéria, a deputada Janete de Sá (PMN) saiu em defesa do secretário. Disse que ele tem sofrido preconceito ideológico só por ser do PCdoB e por ter feito a sua formação em Medicina em Cuba.
Governista como Janete, Gandini (Cidadania) alfinetou Vandinho: Tem deputado aqui que ora quer ser liberal, ora quer ser conservador.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta