O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, decidiu anular o concurso para preencher 33 vagas de delegado, aberto em 2019. A decisão foi publicada no Diário Oficial, nesta sexta-feira (20), e atende a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado, que recomendou a anulação.
Ainda em 2019, o Núcleo da Assembleia Legislativa da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES) instaurou um processo administrativo para apurar irregularidades no certame, apontando que o concurso está em um "contexto de falta de informações e de críticas por parte da doutrina especializada em relação ao gabarito oficial adotado pela banca", o que caracterizaria uma "flagrante a violação a diversos princípios da Administração Pública". Desde o início de 2020, o concurso estava suspenso.
Segundo defensores, um grupo de candidatos procurou a Defensoria Pública questionando os critérios de correção da prova discursiva. Mais de 16 mil candidatos se inscreveram no concurso, que abriria 33 oportunidades para delegado, com salário de R$ 10.058,56 e carga horária de 40 horas semanais. O certame teve uma relação de quase 520 inscritos por vaga. Os inscritos pagaram uma taxa de R$ 138 e já fizeram as provas objetivas.
A reportagem procurou a assessoria da Polícia Civil para saber como ficará o ressarcimento desses candidatos e aguarda resposta. A Gazeta também acionou o Instituto Acesso, responsável pela organização do concurso, que ainda não se posicionou.
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