As provas do Concurso Nacional Unificado estão previstas para serem aplicadas no dia 25 de fevereiro, em quase 180 cidades Brasil afora. Os exames serão realizados com matriz comum a todos os candidatos na primeira parte e testes específicos e dissertativos, por blocos temáticos. A oferta será de 6.640 vagas em 21 órgãos do governo federal. Desse total, 5.938 postos serão destinados a quem tem nível superior.
A expectativa é de que o edital com as regras do Enem dos Concursos seja divulgado até 20 de dezembro. O nome da empresa organizadora do certame deve sair a qualquer momento.
O especialista em concursos Alexandre Baêta alerta que se trata de um concurso “gigantesco”, sem precedentes na história recente do país. O processo seletivo terá vagas para várias especialidades diferentes, com uma previsão inicial de aproximadamente dois milhões de candidatos inscritos.
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“Diante desse cenário, qualquer erro seria catastrófico. A reaplicação de uma prova como essa, por erros formais no processo de seleção, é algo completamente inviável. Então, essa é uma ‘briga de cachorro grande’. Somente as bancas maiores e mais estruturadas têm desenvoltura para realizar um certame dessa magnitude”, comenta.
Baêta lembra que, recentemente, fontes do próprio Ministério de Gestão e Inovação informaram que há cinco bancas organizadoras na disputa: Cebraspe, FGV, Cesgranrio, Iades e Idecan. “Vejo as bancas FGV e Cebraspe como grandes favoritas, sendo a banca Cebraspe, atual organizadora do Enem, a minha principal aposta”, salienta.
Alexandre Baêta lembra que o Ministério de Gestão e Inovação disponibilizou um Guia Referencial para Concursos Públicos, no qual são apresentados, de forma resumida, alguns conteúdos programáticos com as ementas gerais que serão objeto de cobrança no Enem dos Concursos.
As principais tendências, fazendo a interpretação dos conteúdos básicos divulgados pelo guia, são:
Baêta chama a atenção para o tópico Políticas Públicas, que deve ser lido com bastante cuidado. O Ministério da Gestão e Inovação divulgou material contendo a orientação para que os candidatos estudem a atualidade da realidade política e administrativa brasileira.
Isso, segundo ele, fez com que surgissem muitas recomendações para que as pessoas estudem as chamadas “atualidades genéricas”, que envolvem basicamente as notícias e os fatos mais recentes do cotidiano nacional.
O tema está em alta nos concursos recentes e é importante para o contexto da administração pública atual, pois há um comando constitucional que impõe aos entes da federação a necessidade de avaliar suas políticas públicas.
“Como teremos vários blocos temáticos para áreas de atuação que estão diretamente relacionadas com a análise de políticas públicas, eu prefiro orientar os estudantes que se mantenham antenados ao mundo, mas que incluam a disciplina de Políticas Públicas em sua rotina de estudos”, afirma.
É bom lembrar que o Concurso Nacional Unificado será destinado a vários cargos, muitos deles de alta complexidade. Desta forma, não faz sentido esperar uma disciplina que verse sobre “atualidades genéricas” de forma solta, para cargos dessa natureza, conforme salienta Baêta.
Ele acredita que o tema de atualidades deve aparecer num contexto de políticas públicas ou até mesmo de tópicos da administração pública brasileira contemporânea.
O candidato deve reservar, pelo menos, 20 horas semanais para aprofundar-se nos conteúdos sugeridos.
Resolver questões recentes, aplicadas em provas anteriores das bancas FGV e Cebraspe, devem ser utilizadas como instrumento de aferição do conhecimento. Essas empresas são as mais cotadas para realizar os exames.
O concurso deve ser bem concorrido, por isso, a preparação deve ser iniciada imediatamente.
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