O Espírito Santo vai ter um curso inédito para quem quer ter uma formação técnica. A Secretaria de Estado da Educação (Sedu), por meio do Conselho Estadual de Educação, autorizou a abertura do curso Técnico em Veterinária, eixo tecnológico de meio ambiente e saúde, a partir deste ano.
A resolução publicada no Diário Oficial da última quinta-feira (27) estabelece que o curso poderá ser oferecido nas formas concomitante (junto com o ensino médio) e subsequente (para quem já terminou o ensino médio), ministrado apenas de forma presencial. A oferta inicial será de 40 vagas.
Com a liberação, a Escola Técnica (Etec), na Serra, está autorizada a oferecer o curso. A expectativa é de que as aulas comecem em julho deste ano, segundo informações do diretor administrativo da instituição, José Marcelo Fernandes Domingos. Segundo ele, foi feita uma pesquisa de mercado para verificar a demanda por este tipo de profissional e, em seguida, a solicitação da formação.
“Elaboramos um projeto pedagógico e criamos uma estrutura com coordenadores e professores. Em seguida, enviamos a solicitação para o Conselho Estadual de Educação, que avaliou e enviou uma equipe técnica para a vistoria. Depois disso tudo, recebemos a autorização para abertura do curso”, explicou.
As matrículas começam no dia 1º de junho, com aulas previstas para começar em 31 de julho. Os interessados já podem procurar a escola para fazer uma pré-matrícula. Os alunos vão pagar 18 parcelas de R$ 389 para participar do curso. A formação dos novos técnicos será em 18 meses.
A grade curricular abrange as disciplinas de noções básicas de vigilância sanitária e epidemiologia, cuidados e procedimentos ao paciente internado, assistência em laboratório, entre outras.
O diretor da Etec ressalta que os estudantes terão aulas teóricas e práticas na escola e também em clínicas veterinárias parceiras. A estimativa é de que o profissional tenha salários entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.
Os técnicos vão auxiliar nas atividades e serviços dos estabelecimentos veterinários e ajudar o médico-veterinário em suas atividades laborais, sempre sob supervisão.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo (CRMVES) informou que o mercado da Medicina Veterinária é amplo e está em franco crescimento, não só no Estado, como no país. Segundo a entidade, os auxiliares são importantes para colaborar com o corpo clínico sempre salientando que esse auxílio deve se dar sob supervisão de médico-veterinário, e não podendo ultrapassar as atividades privativas deste profissional, previstas na Lei 5517/68.
"Considerando que o técnico em medicina veterinária não é uma profissão regulamentada, como o é a profissão do médico-veterinário, a fiscalização desses profissionais refoge ao âmbito de atuação ordinária do CRMV. O conselho somente atuará se e quando verificar que há por parte de algum destes profissionais ingerência sobre atividades privativas do médico-veterinário. Quanto ao curso em si, haverá fiscalização caso se observe que as aulas ministradas avancem em matérias privativas do currículo acadêmico do médico veterinário", ressalta a nota.
O CRMV-ES espera que com os conhecimentos adquiridos no curso, os egressos possam auxiliar os médicos-veterinários na sua rotina de trabalho, lembrando sempre que as atividades desenvolvidas por estes profissionais devem ser supervisionadas, levando-se em consideração o disposto na Resolução CFMV 1260/2019.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta