O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai formar uma força-tarefa para reduzir a fila de espera de mais de 1,2 milhão de benefícios que estão em atraso. Para isso, serão contratados servidores aposentados da autarquia para trabalhar em home office, durante a crise do coronavírus, além de militares da reserva, que vão atuar nas agências quando houver a reabertura ao público.
São considerados atrasados os casos em que a análise leva mais de 45 dias. A previsão é de que o edital de seleção seja divulgado nos próximos dias. A data das inscrições ainda não foi divulgada, mas deve começar assim que as regras de contratação forem liberadas.
A expectativa da autarquia é de que sejam contratados quase 9 mil funcionários nessa modalidade.
O presidente do INSS, Leonardo Rolim, informou que serão chamados dois grupos. O primeiro será composto por aposentados do INSS que serão contratados, imediatamente, no regime de teletrabalho para acelerar a concessão de benefícios. O segundo grupo será formado por militares da reserva das Forças Armadas, que vão atuar no atendimento, assim que as agências foram reabertas para o público, que estarão fechadas até 30 de abril, mas podem ter a restrição prorrogada ou suspensa, dependendo da disseminação do coronavírus.
A remuneração dos servidores aposentados será por produtividade ou salário mensal fixo. De acordo com informações do INSS, para a atividade que envolva a liberação de benefícios de forma automática somente serão aceitos servidores aposentados que, na ativa, desempenhavam essas funções. Ao todo, serão selecionados 7,4 mil servidores nessa área.
Para o caso dos aposentados do INSS, não haverá restrição às contratações. A expectativa é atrair pelo menos 1.500, que ganharão bônus por produtividade, além da aposentadoria. Todos os contratados farão um curso rápido de atualização.
A seleção será realizada por sistema de pontos, com base em três critérios: menor idade, menor tempo na inatividade e maior tempo de serviço público. Já os militares, a contratação dependerá da autorização dos comandantes da Aeronáutica, Marinha e do Exército.
Os militares ganharão um adicional de 30% da remuneração bruta, mais o provento. No caso dos civis, foi estabelecido um valor fixo de R$ 2,1 mil, além da aposentadoria, na maioria das contratações.
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