Como se diz por aí: para muitos, o ano só começa depois do carnaval. Mas para quem está à procura de emprego, os dias pré e pós os quatro dias da folia podem se tornar uma boa oportunidade para se recolocar no mercado de trabalho.
É bom lembrar que, independentemente da época do ano, as empresas não param seus processos seletivos e contratações por conta de feriados. Pelo contrário, são os profissionais que parecem não estar tão interessados nas seleções nesse período.
O resultado disso é que a concorrência acaba sendo menor e as melhores chances podem ficar com quem se importa mais em passar o ano com a carteira assinada do que brincar o carnaval.
O psicólogo e diretor da Acroy, Elias Gomes, ressalta que períodos como Natal, ano-novo e carnaval são mais difíceis de contactar candidatos.
Muitos profissionais preferem começar a procurar emprego depois da folia. Entretanto, outros preferem aproveitar as oportunidades e fazer entrevistas, focando no objetivo de conquistar uma vaga de trabalho. As empresas têm suas demandas abertas e não vão suspender as contratações por conta de feriados, afirma Gomes.
Ele garante que, nesta época do ano, a concorrência acaba sendo menor do que em outros períodos.
Nesse período, fica até mais fácil falar com um recrutador, o candidato tem mais chance de ser visto e consegue até um contato via telefone ou e-mail. É um bom momento para procurar emprego, pois até novas vagas podem ser anunciadas nos dias pré e pós carnaval, destaca.
A psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, avalia que muitos candidatos se comportam como se estivessem de "férias" nessa época do ano. Ela ressalta que é comum nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro ouvir candidatos argumentando não poderem participar do processo seletivo por estarem em algum balneário ou viajando.
Parece meio que um contrassenso que em um cenário com alto índice de desemprego e, em consequência, tantos profissionais disponíveis para vagas em aberto, alguns candidatos simplesmente se comportem como se estivessem de "férias". O recado que o candidato manda ao priorizar o lazer e não a carreira é exatamente do que ele valoriza mais. Ainda que a oferta de vagas seja menor do que o volume de profissionais disponíveis, ele prioriza outros compromissos, salienta.
Ela frisa que é importante que o profissional se comporte como "disponível" para o mercado e não desempregado.
"É só uma palavra, mas, a primeira soa com um posicionamento muito mais alinhado com as expectativas do mercado atual que cobra profissionais rápidos, competitivos, com senso de urgência, proatividade, flexibilidade e adaptabilidade. O segundo termo, desempregado, traz muitas vezes o posicionamento de alguém fragilizado, triste, com pouca energia e, portanto, pouco atraente para compor o quadro de qualquer empresa, finaliza.
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