Estúdio Gazeta
Centro do Comércio de Café de Vitória
Que o cafezinho nosso de cada dia é uma paixão nacional ninguém duvida. E o Espírito Santo é celeiro dos grandes exportadores que figuram entre os maiores do Brasil. Com tanta importância, o produto precisa de uma instituição capaz de representar o setor, que é o principal fornecedor da indústria e o que mais absorve e escoa a safra cafeeira.
Esse é um dos papéis do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), que busca consolidar o segmento econômico unindo-o desde a fazenda até a mesa do consumidor. Para o presidente do CCCV, Márcio Cândido Ferreira, o desafio é buscar a modernidade sem esquecer a tradição. “Precisamos estar sempre à frente do tempo, aliando as tendências de consumo mundial sem abrir mão da defesa de um comércio justo e sustentável para nossos cafeicultores.”
O CCCV também funciona como agência da Organização Internacional do Café e certifica a origem das exportações pelo ES, elabora e publica periodicamente as estatísticas de exportação pelo Estado e de preços praticados em Vitória; realiza a cotação diária do produto e oferece cursos de classificação e degustação.
Além disso, o CCCV também apoia projetos sociais e viabiliza encontros regionais de cafeicultores. “Buscamos constantemente melhorar a qualidade do café, aumentar da produtividade e disseminar tecnologias no campo, por meio do Cetcaf (Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café)”, explica Márcio.
Fundado em 10 de abril de 1947, o Centro do Comércio de Café de Vitória foi criado para representar a classe cafeeira no Estado e defender os interesses de seus associados, fazendo a ponte entre eles e o mercado internacional.
A estrutura do CCCV começou a ser organizada em 1950, quando uma resolução foi assinada para criar um fundo com a taxa de Cr$ 0,50 (cinquenta centavos) por saco de café exportado, mensalmente, pelo Banco Agrícola do Espírito Santo. Em 1951, foi elaborado o primeiro estatuto pelo então presidente Dante Michelini e sua diretoria.
Em setembro de 1959, foi inaugurado oficialmente o Palácio do Café e a sede do CCCV, na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. Já em 1987, ela foi transferida para a Enseada do Suá, onde funciona até hoje.
Segundo Marcio, ao longo de sua trajetória, o CCCV ajudou a cafeicultura do ES a atravessar os momentos de desafio e comemorou as principais conquistas. “Nos momentos difíceis, como a erradicação dos cafezais na década de 60, a liderança do CCCV ajudou a reverter o destino da nossa cafeicultura e defendeu e incentivou o plantio e expansão da produção de café conilon no Espírito Santo, hoje o principal produto agrícola capixaba do qual o Estado é o maior produtor nacional. Também, nos cafés arábicas, o CCCV contribuiu para que nossa produção dessa espécie de café se qualificasse e ampliasse.”
Hoje os cafés arábicas especiais das montanhas do Espírito Santo conquistam os prêmios de qualidade mais importantes do país e os conilons “cerejas descascados” são campeões não somente em produtividade como também de qualidade.
A imagem e a fama dos cafés e dos produtores rurais capixabas é conhecida mundialmente, por meio do apoio e da promoção exercida pelos associados do CCCV, os quais conectam nossa produção com mais de 50 países anualmente.
“Nossa maior conquista é ver o café ‘Made In ES’ chegar aos consumidores mais exigentes do Brasil e do exterior, que reconhecem em cada xícara a história dos cafeicultores e de suas famílias, carregadas de sustentabilidade econômica, social, ambiental e de paixão”, ratifica o presidente do CCCV.
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