A conta de luz é um custo significativo para condomínios, principalmente em época de bandeira vermelha na tarifa de energia. Por isso, o interesse cada vez maior pela instalação de painéis fotovoltaicos para a geração de energia elétrica dentro de um condomínio e, desta forma, reduzir os custos. Mas será que é possível instalar em qualquer lugar?
Segundo o sócio e proprietário da VP Solar, Vinícius Allazio, é possível sim instalar painéis fotovoltaicos no condomínio e gerar energia solar, chegando a uma economia de até 95% com relação à conta de luz.
No entanto, para que isso aconteça, é preciso que tudo seja acordado em convenção condominial, desde o local onde serão instaladas as placas até de que forma essa energia será distribuída, se para apenas as áreas comuns do condomínio, de forma individual para as unidades ou coletivamente, atendendo a todos os moradores.
Para a instalação das placas que farão o abastecimento de energia para o condomínio, é necessário que seja estabelecida uma área de uso comum destinada a essa finalidade, um exemplo seria parte do telhado ou da cobertura de um edifício que seja de uso comum. Assim, é possível pensar em um projeto completo que atenda a necessidade do condomínio.
“Tendo permissão para a instalação das placas na área destinada, a estrutura necessária é montada e instalada seguindo o mesmo padrão das residências em solo. Dependendo da potência instalada, é possível direcionar a fabricação de energia apenas para um ou mais apartamentos, ou o prédio todo”, observa Vinícius Allazio.
Com relação ao valor da instalação, o sócio e proprietário da VP Solar conta que é possível fazer financiamento e o retorno do investimento se dá em até cinco anos.
“Com uma vida útil de cerca de 25 anos, o sistema de geração de energia solar é de baixa manutenção, ecologicamente correto e reciclável. Sem contar que as placas solares ocupam pouco espaço no imóvel, podem ser usadas em áreas isoladas da rede elétrica e os equipamentos podem ser reciclados, evitando o descarte de forma errada no meio ambiente”, ressalta.
Segundo o sócio e projetista da VP Solar, Pedro Henrique Lopes, isso não é possível, já que a instalação de placas na varanda de um apartamento não é viável. “Isso porque a efetividade da captação e distribuição de energia não será satisfatória, a menos que a unidade residencial seja a cobertura do edifício, por ter acesso direto ao telhado e à luz solar”, afirma.
Para quem não conseguir autorização por comum acordo com os condôminos ou se a legislação do condomínio não permitir, a solução apontada por Lopes é usar o telhado de alguma residência de familiares ou amigos e solicitar o abatimento na conta de luz, lembrando que os relógios devem estar registrados com o mesmo titular.
“Por exemplo, se a pessoa mora em um apartamento e a mãe mora em uma casa com o telhado disponível para instalação, a usina é instalada lá e a energia gerada é abatida na conta de luz. Alguns dos nossos clientes que possuem terras na zona rural fizeram a instalação lá e abateram nas suas casas na cidade”, exemplifica.
Além da economia na conta de luz, a residência ou mesmo o condomínio não ficam “reféns” das altas tarifas na conta de energia, principalmente em períodos em que há taxas extras.
“Com a instalação do sistema e o projeto aprovado junto à concessionária, o proprietário começa a produzir energia imediatamente, que é enviada para a rede da concessionária e, no final do mês, isso é abatido na conta de luz”, finaliza Pedro Henrique Lopes.
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