Estúdio Gazeta
ArcelorMittal Tubarão
Um levantamento feito pelo Female Founders report 2021, realizado pelas instituições Distrito, Endeavor e B2Mamy, mostrou que as mulheres lideram apenas 4,7% das empresas brasileiras. No entanto, a inovação está em suas veias: uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que 71% das mulheres usam as redes sociais, aplicativos e internet para venderem, enquanto que os homens são 63%.
As redes sociais representaram um grande salto para muitas mulheres empreenderem, principalmente durante a pandemia, já que muitas foram dispensadas de seus empregos e se viram na necessidade de se reinventarem.
Algumas dessas mulheres deram seus depoimentos durante o painel “Comunicação e Empreendedorismo Periférico para Jovens e Adultos”, que aconteceu nesta quinta-feira (1), durante a abertura da programação da 1ª Mostra Cinemarias.
Uma delas, a trancista Mayara Queiroz, falou sobre empoderamento e aceitação por meio da estética. Ela conta que descobriu um propósito ao escolher a profissão e, atualmente, além de ser dona de um salão, é criadora de conteúdo digital e busca resgatar a ancestralidade e o empoderamento de mulheres negras por meio de seu trabalho.
A gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão, Jennifer Coronel, uma das participantes do painel, ressaltou a transformação que a comunicação proporciona para promover o empreendedorismo, tornando-se uma grande aliada de mulheres que desejam se tornar independentes.
“Elas se reinventam e se tornam protagonistas nas atividades que realizam, aliadas à comunicação digital. A ArcelorMittal é patrocinadora da mostra, por acreditar que esta é uma forma de valorização e empoderamento feminino. Somos também parceiros do Tribunal de Justiça em ações para reduzir a violência contra a mulher. E até 2030, 25% do nosso efetivo será de mulheres”, afirma.
A diretora de programação e idealizadora do projeto Cinemarias, Luana Laux, destaca a importância da comunicação, de fazer com que mulheres saiam da periferia para o mundo. Ela contou sobre a experiência das oficinas realizadas com mulheres de 18 a 35 anos, que roteirizaram e dirigiram filmes que narram a sua realidade e que serão exibidos durante a mostra.
“Durante a mostra, elas vão se ver como realizadoras e trocar informações com outras cineastas. A comunicação é um desafio, mas é a grande janela para o mundo. Elas a usam como empreendimento e conseguem furar a bolha da mídia, saindo da periferia para o mundo”, diz.
A coordenadora Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), a juíza Hermínia Azoury, também esteve na abertura da mostra.
Ela ressaltou a importância da implementação de políticas públicas que estão previstas na Lei Maria da Penha e do papel do setor público em não apenas punir os agressores, como também prevenir. “É preciso conscientizar as mulheres e trabalhar a reflexão com os homens e buscar mecanismos para romper com o ciclo de violência. Tudo passa pela educação”, avalia.
Com o patrocínio da ArcelorMittal Tubarão, por intermédio da Fundação ArcelorMittal, a 1ª Mostra Cinemarias acontece de 1º a 3 de setembro, com uma programação que inclui a exibição de 12 curtas-metragens brasileiros, que irão compor as duas mostras competitivas, nacional e capixaba, e uma palestra da ONU Mulheres.
A iniciativa é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O painel “Comunicação e Empreendedorismo Periférico para Jovens e Adultos” contou com a participação de mulheres que discutiram sobre como as redes sociais e a produção de conteúdo vem acelerando os negócios de empreendedoras nas periferias.
Além da gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão, Jennifer Coronel, e da trancista, empreendedora e proprietária do salão Raiz Mística, Mayara Queiroz, o bate-papo teve a presença da editora-chefe de A Gazeta/CBN, Elaine Silva. Ela falou sobre o projeto Todas Elas, que se encontra em sua quarta fase e a forte conexão com a mostra.
Também estiveram presentes na conversa a empresária e bacharel em Direito e Educação Física Manuela Amaral, como mediadora; a jornalista especialista em Comunicação Integrada e Marketing Késia Moura; e a administradora especialista em negócios liderados por mulheres Josy Santos. O painel foi encerrado com apresentação da cantora Beth MC.
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