Estúdio Gazeta
Suzano
A busca pelo equilíbrio em todas as relações é uma importante fonte de bem-estar, onde quer que tenham sido bem-sucedidas. No Espírito Santo, a Suzano – maior produtora de celulose do mundo e uma das maiores produtoras de papel do Brasil – tem realizado investimentos e envidado esforços para contribuir com o desenvolvimento do Estado.
Com uma significativa base florestal nas cidades de Conceição da Barra, incluindo Itaúnas, e São Mateus, que abastece as unidades industriais de Aracruz (ES) e Mucuri (BA), a empresa investiu, em 2022 e 2023, R$ 12 milhões em ações de empregabilidade e geração de renda – com mais de 2.200 pessoas formadas em cursos profissionalizantes, em parceria com o Senai. Além de R$ 1,66 bilhão de investimentos anunciados neste ano em suas várias unidades industriais.
A empresa mantém, ainda, mais de 108 mil hectares de áreas preservadas. Porém, essa relação de via dupla tem sido dificultada por uma escalada de ações prejudiciais à empresa e à própria comunidade em seu entorno. Um exemplo, apontado pela Suzano, é a criação de várias associações em uma tentativa ilegal de justificar invasões de propriedade. São mais de 6.700 hectares de áreas impedidas para o uso produtivo neste ano, por causa dessas invasões.
“São prejuízos incontáveis, financeiros e ambientais. Os invasores desmatam e devastam uma grande área. Há a perda do eucalipto, perda de produção e invasão de reservas legais, que são mantidas pela Suzano. Os invasores, muitas vezes, são agressivos e colocam todos em risco, inclusive comunidades quilombolas”, explica o advogado da empresa, Flávio Santos.
O profissional descreve a atuação de lideranças como “articulada e organizada”. Áreas da empresa são loteadas e vendidas a moradores, e o lucro fica nas mãos de algumas pessoas – há diversas denúncias de indivíduos que compraram imóveis ilegais e foram retirados do local posteriormente.
Entre outubro e novembro deste ano, várias reintegrações de posse foram realizadas nas terras da empresa. Contudo, o processo leva anos e gera diversos prejuízos.
“São ritos processuais naturalmente longos e há casos de até três invasões em um mesmo local. O problema é de conhecimento de vários atores, já que a empresa, além de informar formalmente sobre toda a operação, leva o processo de forma clara e dentro da lei”, ressalta Flávio Santos.
Os crimes praticados não se limitam a invasões. Mais de 100 boletins de ocorrência já foram lavrados, duas prisões preventivas decretadas e vários indiciamentos realizados. Como exemplo, um integrante de uma associação lançou gasolina em um veículo onde estavam colaboradores da ronda patrimonial da empresa, em uma tentativa de atear fogo e atentar contra a vida deles. O autor teve a prisão preventiva decretada.
Outro problema recorrente é o furto de eucalipto. Apenas entre abril e agosto de 2022, cerca de 30 boletins de ocorrência foram registrados para denunciar as ações ilegais e mais de 3.500 hectares foram queimados (entre plantio e preservação). A situação gera incertezas para a empresa, ao planejar investimentos na região.
“Há um clima de insegurança para todos e de dúvida sobre novos investimentos, porque os crimes têm sido recorrentes. Mas a Suzano continuará a agir dentro da lei, buscando a reintegração legal das áreas invadidas”, finaliza o advogado.
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