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VP Solar
Como uma forma de reduzir os custos da produção, propriedades rurais têm buscado, cada vez mais, investir em energia solar por meio da instalação de placas fotovoltaicas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esse setor é responsável hoje por 13,7% da potência instalada no Brasil, totalizando mais de 75,8 mil sistemas fotovoltaicos instalados e 109,1 mil unidades consumidoras (UC) que recebem os créditos de energia gerada.
Essa realidade se reflete também no campo, no Espírito Santo. Segundo o sócio e projetista da VP Solar, Pedro Henrique Lopes, a procura tem sido grande, principalmente por ser um investimento com retorno garantido, condições de pagamento facilitadas e linhas de crédito específicas, com juros baixos.
A empresa, segundo ele, já realizou a instalação de mais de 10 mil módulos na zonal rural da Região Serrana do Espírito Santo, abrangendo os municípios de Afonso Cláudio, Laranja da Terra, Brejetuba, Itarana, Itaguaçu, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, entre outros.
“A energia elétrica é um dos maiores gastos para o produtor, e a economia na conta de luz com a instalação dos painéis fotovoltaicos pode chegar a 95%. Esse é, com certeza, um dos principais motivos que desperta o interesse desses consumidores, de instalar um sistema de geração de energia solar e reduzir os gastos da produção durante toda a vida útil do sistema”, conta.
A busca tem sido tão grande que, segundo a Aneel, a potência instalada nas propriedades rurais em todo o país aumentou cerca de 75%, de janeiro a abril deste ano: passou de cerca de 208 MW de potência instalada para cerca de 819 MW. “A procura tem vindo, principalmente, pelo médio e pequeno produtor, das mais diversas culturas, como café, inhame, banana, granjeiros, hortaliças, abatedouros, entre outros”, conta Lopes.
A instalação de um sistema de geração de energia solar é feita de forma simples, como adianta o sócio-proprietário da VP Solar, Vinícius Allazio. “As diferenças e particularidades que uma instalação na zona rural pode apresentar são mínimas quando comparadas com uma instalação na zona urbana. Tudo se resume a questões técnicas de tensão e rede, mas que não causam qualquer prejuízo ao desempenho da usina”, avalia.
Ele conta que, diferente do meio urbano, onde a maioria dos sistemas é instalada nos telhados das edificações, na zona rural a preferência é de se instalar no solo, tanto pela facilidade de manutenção e limpeza quanto pela área disponível. “Mas essa decisão fica sempre a critério do cliente”, observa.
Assim como os sistemas instalados no meio urbano, a economia é uma das principais vantagens, mas há também a questão da durabilidade mínima de 25 anos do conjunto e o retorno do investimento, que se dá com até seis anos de uso.
“Em alguns casos, ainda existe a possibilidade do produtor rural poder gerar a energia no campo, abater todo o seu consumo com ela e, ainda, usar o excedente para abater do consumo de suas propriedades urbanas ou da própria casa no campo”, conta Allazio.
Ele ainda afirma que o retorno da utilização do sistema de energia fotovoltaica no campo tem sido muito satisfatório. Um dos destaques é que, por ser zona rural, há a isenção de algumas taxas, como a de iluminação pública. Com isso, a fatura de energia chega apenas com o valor mínimo, que é a taxa de disponibilidade.
“Isso tem acontecido com alguns dos nossos clientes. A preferência deles, se o objetivo for aumentar a produção de energia solar, é instalar na propriedade por conta da condição facilitada de aprovação do projeto, o que torna mais fácil e rápido para solicitar a ampliação”, diz.
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