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O mercado está favorável para quem deseja comprar um imóvel. Seja o apartamento dos sonhos, uma casa no campo, na praia ou mesmo aumentar a que já tem. E uma das modalidades que tem atraído a atenção para a compra da casa própria é o consórcio. Somente no ano passado, o Sistema de Consórcios respondeu por 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
O setor administrou R$ 289 bilhões de ativos em dezembro, 14,2% a mais que em 2019, conforme dados do Banco Central do Brasil. Além disso, foram disponibilizados R$ 52,64 bilhões em créditos no ano passado, 24,9% mais do que os R$ 42,16 bilhões disponibilizados em 2019. E a tendência de alta permanece, já que quase 800 mil cotas de consórcio foram vendidas no 1º trimestre deste ano.
Segundo o vice-presidente de negócios da Embracon, Luis Toscano, houve um crescimento de 14% no segmento de imóveis e as pessoas interessadas já vêm com a intenção de fazer um consórcio imobiliário. “O consórcio imobiliário é uma solução para um perfil de consumidor que sonha com a casa própria, mas não possui o valor da entrada e também não possui capacidade de crédito. É um sistema flexível, em que o consorciado decide o prazo de pagamento, a quantidade das parcelas e o valor da carta de crédito”, afirma.
Com isso, mesmo quem não tem condições de oferecer uma entrada no financiamento de um imóvel pode optar por fazer um consórcio, basta se planejar. Por não ter juros como em um financiamento bancário, o consorciado também não precisa se preocupar com surpresas nas parcelas. Mesmo que, atualmente, as taxas de juros estejam num patamar bastante baixo, estas são suscetíveis à oscilação do mercado.
“Se a pessoa for organizada financeiramente, consegue saber quanto tem sobrando no orçamento para a parcela do consórcio. Ela consegue se planejar para a compra, controla o seu orçamento e ainda tem a possibilidade de mudar o valor do crédito durante o consórcio para adequar ao que deseja. E com a nova Lei do Consórcio, é possível, inclusive, usar o FGTS para quitar o consórcio ou dar um lance”, disse Toscano.
O consórcio funciona como uma compra programada e realizada em grupo fechado, organizado e gerido por uma administradora, que precisa ter autorização do Banco Central para essa tarefa. O que torna isso uma opção segura, já que é possível checar junto ao próprio Banco Central a idoneidade da empresa e se ela está autorizada pelo órgão.
Por intermédio da administradora, o grupo constituído contribui mensalmente para arrecadar e juntar o valor necessário para a entrega do bem escolhido. A cada mês, um participante é sorteado e contemplado com uma carta de crédito para realizar essa compra. Essa dinâmica se repete todos os meses até que todos os consorciados, com seus pagamentos em dia, recebam a carta de crédito.
Uma das vantagens, com a carta de crédito nas mãos é o poder de barganha, já que o consorciado tem em mãos o valor integral para comprar uma casa nova, construída ou na planta, garantindo uma negociação mais favorável na hora de assinar o contrato. Lembrando que uma carta de consórcio imobiliário só pode ser usada para comprar um imóvel.
“Um consórcio é um investimento e não um empréstimo e as possibilidades de usar a sua carta de crédito passam por todos os segmentos: além de pessoas físicas, pessoas jurídicas também. Quanto melhor a saúde financeira do grupo, mais contemplações”, disse Toscano.
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