Estúdio Gazeta
Associação Empresarial de Colatina e Região (Assedic)
Nove anos após a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, diversas entidades capixabas, formadas por representantes da sociedade civil, líderes empresariais e organizações do terceiro setor, uniram-se em um movimento contundente de repúdio à distribuição desigual dos recursos da repactuação do Rio Doce. Em um manifesto coletivo, as entidades alertam que verbas compensatórias serão destinadas a projetos em regiões que não sofreram o impacto direto do maior desastre ambiental da história do Brasil.
A ruptura da barragem, em 2015, destruiu parte da bacia do Rio Doce, deixando milhares de famílias sem acesso a água potável, afetando a agricultura e a pesca e gerando danos ambientais irreparáveis. A nova distribuição dos recursos, destinada a reparar os estragos causados pela tragédia, tem sido alvo de críticas por priorizar obras em áreas não atingidas, como a BR-262, em detrimento da BR-259, que atravessa várias cidades diretamente impactadas. O manifesto sublinha que esse redirecionamento é um desrespeito às comunidades que ainda sofrem com as consequências do desastre.
O movimento exige que os recursos sejam aplicados de forma transparente e responsável, com prioridade total às regiões devastadas pela lama tóxica. As lideranças envolvidas ressaltam que a recuperação dessas áreas é uma questão de dignidade e responsabilidade social, e alertam para o risco de que esses fundos sejam direcionados para outros projetos que não sejam a reparação dos danos.
O manifesto, que será encaminhado às autoridades competentes, representa um grito de socorro das comunidades atingidas e uma cobrança firme por justiça. As entidades capixabas deixam claro que não descansarão até que os recursos da repactuação do Rio Doce sejam integralmente destinados à reconstrução das vidas e das economias arrasadas pela tragédia, reafirmando o compromisso com a defesa dos direitos dos atingidos.
A sociedade espera uma resposta à altura da gravidade do momento, exigindo uma solução justa e definitiva para o sofrimento que já se estende por quase uma década.
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