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Entidades do ES lançam manifesto por justiça na repactuação do Rio Doce

Entidades do ES lançam manifesto por justiça na repactuação do Rio Doce

Movimento exige que os recursos sejam aplicados de forma transparente e responsável, com prioridade total às regiões devastadas pela lama da barragem de Mariana (MG)

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 17:57

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Reunião de representantes das entidades para a construção do manifesto de repúdio à repactuação do Rio Doce
Reunião de representantes das entidades para a construção do manifesto de repúdio à repactuação do Rio Doce. (Assedic/Divulgação)
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Nove anos após a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, diversas entidades capixabas, formadas por representantes da sociedade civil, líderes empresariais e organizações do terceiro setor, uniram-se em um movimento contundente de repúdio à distribuição desigual dos recursos da repactuação do Rio Doce. Em um manifesto coletivo, as entidades alertam que verbas compensatórias serão destinadas a projetos em regiões que não sofreram o impacto direto do maior desastre ambiental da história do Brasil.

A ruptura da barragem, em 2015, destruiu parte da bacia do Rio Doce, deixando milhares de famílias sem acesso a água potável, afetando a agricultura e a pesca e gerando danos ambientais irreparáveis. A nova distribuição dos recursos, destinada a reparar os estragos causados pela tragédia, tem sido alvo de críticas por priorizar obras em áreas não atingidas, como a BR-262, em detrimento da BR-259, que atravessa várias cidades diretamente impactadas. O manifesto sublinha que esse redirecionamento é um desrespeito às comunidades que ainda sofrem com as consequências do desastre.

O movimento exige que os recursos sejam aplicados de forma transparente e responsável, com prioridade total às regiões devastadas pela lama tóxica. As lideranças envolvidas ressaltam que a recuperação dessas áreas é uma questão de dignidade e responsabilidade social, e alertam para o risco de que esses fundos sejam direcionados para outros projetos que não sejam a reparação dos danos.

O manifesto, que será encaminhado às autoridades competentes, representa um grito de socorro das comunidades atingidas e uma cobrança firme por justiça. As entidades capixabas deixam claro que não descansarão até que os recursos da repactuação do Rio Doce sejam integralmente destinados à reconstrução das vidas e das economias arrasadas pela tragédia, reafirmando o compromisso com a defesa dos direitos dos atingidos.

A sociedade espera uma resposta à altura da gravidade do momento, exigindo uma solução justa e definitiva para o sofrimento que já se estende por quase uma década.

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