Estúdio Gazeta
ArcelorMittal
Para construir um futuro sustentável é preciso tomar atitudes no presente. O caminho consiste em promover o diálogo entre a sociedade, a iniciativa privada e o poder público. Tudo com o mesmo objetivo: desenvolver ações que garantam a preservação do meio ambiente. Nesse processo, o desenvolvimento de novas tecnologias tem sido um grande aliado, especialmente quando o assunto é qualidade do ar.
Esse, inclusive, foi o tema central do segundo painel “Atitude Sustentável” organizado em 2024. Realizado no auditório da Rede Gazeta, em Vitória, na quarta-feira (11), o evento teve apoio institucional da ArcelorMittal e da Vale e reuniu especialistas, representantes do poder público e da sociedade civil para discutir “Qualidade do ar: novas tecnologias e resultados alcançados”.
No painel, estiveram presentes o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) Marcelo Lemos; o subsecretário estadual de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Robson Monteiro; o vice-presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcio Caliari; e a representante da Associação de Moradores da Ilha do Frade, Talita Guimarães.
Além dos painelistas, o evento contou com representantes de associações de moradores de bairros da Serra, de Vitória e de Vila Velha na plateia, que fizeram questão de participar e exercer seu papel de cidadãos. “Não adianta apenas cobrar, temos que participar e fazer a nossa parte”, ressaltou Thalita Guimarães, que representou as comunidades de Vitória e Vila Velha no painel.
O evento deu sequência às discussões realizadas em junho deste ano e destacou o desenvolvimento sustentável e a importância da redução dos impactos ao meio ambiente para preservar a qualidade de vida dos capixabas.
Para o promotor Marcelo Lemos, a iniciativa demonstra a vontade de evoluir na implementação de ferramentas para a manutenção do ar na Grande Vitória. O diálogo entre as instituições, aliás, é muito bem-vindo, segundo ele, para a construção dessas políticas públicas. Afinal, é importante a conscientização de todos.
“Desde o momento em que você acorda até o momento em que você vai dormir existe o dever fundamental de proteção ambiental. Então, a construção de políticas públicas só é feita com efetividade com todos os atores juntos. Por isso, o Atitude Sustentável é um sucesso”, destaca.
De acordo com o subsecretário estadual de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Robson Monteiro, a grande novidade dos conjuntos normativos desenvolvidos recentemente tem mais a ver com a forma de mensurar os resultados de monitoramento, do que dos parâmetros (poeira sedimentada, óxido nitroso e ozônio, por exemplo) em si.
Para o subsecretário, o Espírito Santo está muito bem posicionado em relação à legislação nacional e atende a todos os parâmetros exigidos no país.
“Quando falamos dos canais de comunicação, contamos com um relatório anual que acompanha o comportamento em relação aos últimos 12 meses. Entretanto, para melhorar isso visualmente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) tem desenvolvido um aplicativo, com dashboard interativa, para que a população tenha um acesso mais fácil e possa escolher o período, a estação e verificar esse comportamento [da qualidade do ar]”, pontua.
Para o vice-presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Márcio Caliari, o segmento segue bem posicionado em relação às licenças e contribuições ambientais. O destaque fica por conta de investimentos que permitem um maior controle e sistemas mais eficientes.
“Se antes não tínhamos nenhuma informação, além do visual ou operacional, atualmente, conseguimos acompanhar a performance em tempo real, com ferramentas mais robustas e tecnológicas para eliminar as emissões”, reforça.
Mas, além dos novos maquinários e um olhar apurado para a responsabilidade ambiental, também é preciso promover campanhas de incentivo para que a própria população seja conscientizada sobre os deveres individuais dos cidadãos.
A representante da Associação da Ilha do Frade, Talita Guimarães, ressalta que esse encontro entre membros de outros setores e líderes comunitários garante um futuro melhor para todos.
“Acredito que o Brasil está começando a mudar a concepção do que é participar e do que é cidadania. Eu acho que as empresas têm que continuar fazendo eventos como esse e temos que continuar divulgando o assunto na mídia”, finaliza.
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