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Maior planta de dessalinização do país está no Espírito Santo

Maior planta de dessalinização do país está no Espírito Santo

ArcelorMittal Tubarão tem planta com capacidade inicial para dessalinizar 500 m³/hora de água, proporcionando maior segurança hídrica para a empresa e o Estado

Publicado em 28 de julho de 2023 às 14:24

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Planta de dessalinização da ArcelorMittal Tubarão
Planta de dessalinização da ArcelorMittal Tubarão. (ArcelorMittal/Divulgação)
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  • ArcelorMittal Tubarão

A maior planta de dessalinização de água do mar do Brasil está em operação no Espírito Santo, no complexo portuário da ArcelorMittal Tubarão. O sistema de ponta é resultado de investimentos de R$ 50 milhões e tem capacidade inicial para dessalinizar 500 m³/hora de água.

A produção da planta está alinhada à estratégia da empresa frente a futuros cenários de escassez hídrica. A água tratada será destinada para fins industriais, substituindo parte do volume consumido do Rio Santa Maria da Vitória e permitindo, assim, maior disponibilidade do recurso para a sociedade.  

“É algo único, que nos dá muito orgulho. Esse projeto é referência para muitas empresas e um investimento importante para toda a sociedade. O Espírito Santo é o único Estado do país que possui uma planta dessa magnitude, a maior unidade industrial do Brasil”, destaca Fabrício Assis, gerente-geral da ArcelorMittal Tubarão.

O sistema utiliza tecnologia de osmose reversa, bastante comum em países como Israel, Espanha, Estados Unidos e outros. As equipes da ArcelorMittal fizeram estudos durante cerca de dois anos, incluindo avaliação de várias alternativas tecnológicas para dessalinização, análises de qualidade da água do mar, discussões técnicas com fornecedores de todo o mundo, testes em laboratório e até visitas técnicas em plantas na Argentina e nos Estados Unidos. Pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal do Brasil e da Espanha (Astúrias) participaram do estudo. 

Planta de dessalinização da ArcelorMittal Tubarão
A planta de dessalinização está alinhada à estratégia da empresa frente a futuros cenários de escassez hídrica. (ArcelorMittal/Divulgação)

Construída em área de cerca de 6 mil m², a planta consume cerca de 3MW de energia elétrica e representa menos de 1% do total de energia gerada pela própria ArcelorMittal Tubarão, que é autossuficiente. 

Diferenciais

Um dos diferenciais do projeto está na sua configuração por módulos. O primeiro tem capacidade para dessalinizar 500 m³/hora de água do mar (suficiente para abastecer cerca de 80 mil pessoas/dia), com possibilidade de serem acrescentados módulos futuramente.  

Todo seu processo não gera impactos ambientais significativos. A solução de sal em água resultante da dessalinização, a salmoura, é devolvida ao mar por um canal de retorno já existente na usina. 

Por conta de sua tecnologia inovadora e acessível, o projeto também deverá contribuir para o desenvolvimento futuro de mão de obra especializada no país. Em 2019, foi premiado como o  “Projeto Inovador”, durante o Congresso IDA – International Desalination Association, principal evento mundial de dessalinização e tratamento avançado do mundo, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. 

Planta de dessalinização da ArcelorMittal Tubarão
A planta de dessalinização é resultado de investimentos de R$ 50 milhões. (ArcelorMittal/Divulgação)

Gestão hídrica

A ArcelorMittal Tubarão tem o menor índice de consumo industrial de água doce do Brasil. 96% da água utilizada pela empresa, hoje, vem do mar e é utilizada para a refrigeração dos equipamentos de produção de aço. Os outros 4% são provenientes do Rio Santa Maria da Vitória e a empresa executa projetos para reduzir, cada vez mais, esse consumo. Atualmente, o índice de recirculação de água doce da empresa é de mais de 97%.  

“Não existe vida sem água e não existe aço sem a presença de água. A planta de dessalinização é importante porque garante que a gente vai ter água disponível sem consumir os recursos da sociedade”, pontua Fabrício Assis.

Além disso, desenvolve várias outras ações em sua gestão hídrica. A empresa também tem atuado no projeto de recuperação de nascentes da Bacia do Rio Santa Maria da Vitória, junto a vários parceiros. Todas essas ações fazem parte do Plano Diretor de Águas da empresa, que contempla várias iniciativas voltadas ao fortalecimento da segurança hídrica. 

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