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Vale
Os ecossistemas costeiros – localizados no encontro do oceano com o meio terrestre – são de grande importância para a biodiversidade. Em cidades litorâneas como Vitória, por exemplo, os ambientes de restinga oferecem abrigo para diversas espécies de plantas e animais silvestres, além de protegerem a faixa de areia das praias.
Promover a conscientização da importância dessa vegetação é um dos objetivos da Vale. A empresa, inclusive, acaba de inaugurar o novo Parque Costeiro, na região Norte da Praia de Camburi, em Vitória, para aproximar os moradores da Capital de ambientes de preservação e educação ambiental.
Segundo Tatiana Rodrigues, coordenadora do parque, o espaço, que também é voltado para a pesquisa, conta com uma área de 17 mil metros quadrados e inclui: trilha ecológica, mirante, anfiteatro, terraço, jardim sensorial, entre outros ambientes.
“Além de proporcionar um local de lazer e contato com a natureza para os moradores e visitantes, o parque também desempenha um papel importante para o ecossistema da região, especialmente na recuperação da vegetação nativa e na restauração da restinga”, comenta Tatiana.
A entrada é gratuita e o horário de funcionamento é de terça a domingo, das 8h às 17h.
Durante a construção, a Vale realizou a recuperação da vegetação nativa na região e estão sendo plantadas, aproximadamente, 10 mil mudas de espécies de restinga nas proximidades do parque.
Os visitantes, além disso, poderão encontrar árvores frutíferas, araçá, ipê amarelo, aroeira, pitangueira, entre outras espécies. Já a fauna inclui a presença de animais como sagui-de-cara-branca, gambá, cachorro-do-mato, esquilo, garça, sabiá, pica-pau, guaiamum e outros.
Vale destacar que a construção do Parque Costeiro é uma das ações previstas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA), assinado pela Vale em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), a Prefeitura de Vitória e o governo do Estado.
Também fazem parte do TCA outras ações já concluídas, como a recuperação da faixa de areia não banhada pelo mar no extremo Norte da Praia, a restauração da restinga da orla e a construção do Atlântica Parque – espaço de lazer entregue à administração pública em 2019.
Tatiana reforça ainda que a Vale tem um compromisso com a educação ambiental e a pesquisa por meio do Parque Costeiro. Ela explica que o parque foi concebido para ser um centro de educação ambiental, oferecendo trilha ecológica, um mirante com vista privilegiada e diversas atividades de sensibilização ambiental.
“O parque será um local para a realização de pesquisas sobre a biodiversidade local, incluindo estudos sobre flora, fauna e os efeitos das mudanças climáticas. Atualmente estamos com uma chamada pública para selecionar projetos que promovam educação ambiental, pesquisa científica e práticas que contribuam para a conservação e desenvolvimento sustentável. Essas iniciativas visam desenvolver soluções inovadoras para a conservação ambiental e fortalecer o conhecimento científico no ambiente costeiro”, acrescenta.
Recentemente, o Parque Costeiro recebeu uma inspeção técnica de representantes do MPES. Durante a visita, o procurador-geral de Justiça, Francisco Berdeal, elogiou o espaço.
“Como chefe da instituição do Ministério Público parabenizo a todos pelo excelente trabalho, ressaltando que continuamos nossa ação na construção conjunta e no diálogo. Mas também realizando nosso papel de fiscalização, missão institucional e razão de ser”, afirmou.
A área também recebeu cercamento para proteção da restinga, visto que a presença desse ecossistema colabora para a estabilização da areia da praia, evitando a erosão causada pelo vento. O espaço também atua como abrigo para diversas espécies de animais, como aves migratórias, a coruja buraqueira, e a maria-farinha, um tipo de caranguejo.
Além de espécies típicas de restinga na região próxima ao Parque Costeiro, a Vale plantou ainda 25 mil mudas de plantas nativas em uma área de 140 mil metros quadrados na orla de Camburi – ações que também fazem parte do TCA.
A lista inclui espécies rasteiras, arbustos e árvores que foram distribuídas ao longo da praia, a fim de proporcionar um ambiente melhor para as espécies da região.
“Não é um trabalho isolado, é um trabalho pedagógico, é um modus operandi que adquirimos e que temos que espalhar para os outros trabalhos, porque é uma disruptura, uma quebra na forma de atuar”, comentou o promotor de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo de Vitória, Marcelo Lemos Vieira, que acompanhou a execução de todos os trabalhos ao longo da orla de Camburi.
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