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Centro de Ensino Charles Darwin
Ansiedade não tem idade. Na era da velocidade, das redes sociais e do excesso de informação, é difícil encontrar alguém que não tenha dificuldade em lidar com a rotina. Porém, crianças e adolescentes acabam sendo os mais afetados, uma vez que estão vivendo as etapas mais complexas do processo de constituição como indivíduos.
É o que mostra uma pesquisa do Ministério da Saúde com base nos dados do Sistema de Informações Hospitalares e Ambulatoriais do SUS. O número de ocorrências de ansiedade em crianças e adolescentes aumentou 35,8% de 2022 a 2023, com 140.782 procedimentos ambulatoriais realizados, superando o de adultos.
Nesse sentido, escolas têm um papel essencial na promoção de um ambiente leve, saudável e que considere a saúde mental dos alunos para favorecer o processo de ensino-aprendizagem. Um exemplo é o Centro de Ensino Charles Darwin, que inclui o ensino socioemocional no currículo da educação infantil ao ensino médio.
Além das disciplinas tradicionais, a instituição de ensino tem no currículo matérias que ajudam crianças e adolescentes a lidarem com suas emoções, a se relacionarem com os outros, a tomarem decisões e a enfrentarem desafios.
“É fundamental cuidar da saúde mental na escola para criar um ambiente seguro, acolhedor e de apoio. Quando um estudante enfrenta problemas como ansiedade, depressão ou estresse, sua capacidade de se concentrar, memorizar e processar informações pode ser prejudicada. Além disso, esses problemas podem afetar a motivação, o interesse pelas atividades escolares e a interação social, fatores importantes para o sucesso acadêmico”, afirma Cláudia Bahia, supervisora escolar do Darwin.
Essa necessidade se tornou ainda mais evidente nos últimos anos, já que a pandemia impactou de forma negativa a saúde mental dos mais novos em todo o mundo.
Segundo um estudo publicado na revista Jama Pediatrics, a ansiedade teve um aumento de quase 10% em crianças e adolescentes no primeiro ano da pandemia. Além disso, se comparado ao período pré-pandêmico, os sintomas de depressão cresceram 26% globalmente entre os jovens de até 19 anos.
Para a professora Claudia Barros, responsável por ministrar a disciplina aos alunos do ensino médio no Darwin, além do conteúdo acadêmico tradicional, a instituição prioriza a saúde mental dos estudantes.
“Nós percebemos que não basta simplesmente apostar nos conteúdos acadêmicos, o aluno precisa desenvolver autonomia, saber como se comunicar, colaborar com os colegas e a própria família e exercer a criticidade até para entender esse volume de informações que chega a ele por outras vias”, destaca.
Ensino socioemocional em cada etapa
O Darwin escolheu ofertar disciplinas sobre saúde mental em todas as etapas do processo de ensino-aprendizagem por considerar que cada fase possui questões a serem trabalhadas.
Da educação infantil ao fundamental I, o ensino socioemocional é ministrado na disciplina de Filosofia. Os encontros são semanais e fazem parte do programa Escola da Inteligência. No fundamental II e no ensino médio, a matéria faz parte do Laboratório Inteligência de Vida (LIV).
Para a supervisora educacional das turmas do infantil III ao 5º ano do Darwin, Elaine Pimentel, o ensino socioemocional contribui para um desenvolvimento integral das crianças e dos adolescentes.
“Aqui na escola, a partir do infantil III, a gente trabalha a educação socioemocional com uma aula semanal. Esse ensino é importante porque, a partir de um desenvolvimento integral, com as habilidades socioemocionais, a gente complementa o aprendizado cognitivo, contribuindo para o desenvolvimento integral do aluno” pontua.
Centro de Ensino Charles Darwin
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