As tendências do mercado de trabalho estão em constante evolução, e tais mudanças estão refletidas no perfil profissional buscado pelas empresas. Segundo uma pesquisa conduzida pela Gupy, no primeiro semestre de 2021, 10% das vagas anunciadas na plataforma foram preenchidas por candidatos com 40 anos ou mais. Esse dado marca um notável aumento de 217% em comparação com o ano anterior, especialmente nas áreas-chave — como jurídica, contabilidade e recursos humanos.
Para Antonio Leitão, Gerente do Instituto de Longevidade, a idade não deve ser vista como fator de limitação ao trabalho. “Ao contrário, as experiências práticas demonstram que eles [indivíduos mais velhos] agregam muito valor para o negócio, ao trazerem ao convívio dos mais jovens a experiência de vida nas atividades laborais e, por vezes, auxiliam no desenvolvimento positivo dos profissionais mais jovens da empresa, sempre com os devidos cuidados do bem-estar”, conclui.
Não há limitação da vida útil profissional se permanecermos atentos aos sinais de futuro e praticarmos diligentemente nosso aprendizado ao longo da vida, tanto por meio de cursos (nos variados níveis) como pelo autodidatismo, pela curiosidade e pelas vivências.
Segundo Prof. Dr. Gustavo Donato, Reitor da FEI e Presidente do Conselho do Instituto Brasil Digital, nos dias atuais, os profissionais enfrentam mudanças sem precedentes devido aos novos modelos de negócios e métodos de trabalho. “Mas equipes multigeracionais preparadas e que combinem inovação com experiência, ponderação e visão são a resposta aos típicos problemas inéditos e complexos do hoje e do amanhã”, comenta.
Pensando nisso, o Instituto de Longevidade separou 4 dicas fundamentais para quem tem mais de 60 anos e deseja se reinserir no mercado de trabalho. Confira!
Além de manter o seu currículo sempre atualizado, é importante pesquisar bem sobre a vaga à qual está concorrendo, bem como descobrir quais habilidades e conhecimentos serão úteis ao trabalho pretendido. Esta é uma boa tática para destacar as experiências que mais ajudaram em seu desenvolvimento, além das técnicas comportamentais inseridas na área de atuação da vaga para a qual está se candidatando.
A partir dessas experiências, será possível provar ao recrutador o quanto o seu trabalho tem valor e poderá auxiliar a empresa.
Mostre que você está disposto a aprender continuamente ao recrutador. Outra dica é investir em cursos livres ou de atualização para se aperfeiçoa r, já que existem muitos cursos gratuitos e/ou on-line que podem ajudar a melhorar ainda mais o currículo. O Instituto de Longevidade, por exemplo, oferece mais de 200 opções para quem deseja ter uma carreira longeva.
Não só a maneira de executar o trabalho está mudando, mas o relacionamento da empresa com seus colaboradores. O trabalho remoto, que ganhou o mundo durante a pandemia de COVID-19, é um exemplo disso. Ou seja, existe uma habilidade comportamental que deve ser essencial para qualquer profissional que deseja construir uma carreira sólida hoje em dia: a adaptabilidade.
As empresas precisam de pessoas que consigam se adaptar a diferentes cenários da mudança em prol da inovação e dos resultados do negócio. Isso significa que o colaborador não deve apenas se satisfazer em fazer bem o seu trabalho, mas também vestir a camisa da empresa e ter o famoso sentimento de dono.
Comunique-se, converse, fale, interaja, pergunte. Mostre interesse e curiosidade sobre o trabalho e quem realiza o trabalho. A comunicação é uma excelente forma de demonstrar o seu valor. E como fazer isso? Acompanhe as empresas do seu interesse nas redes sociais, converse com os líderes de RHs e gestores por meio do LinkedIn ou até mesmo em uma troca de e-mails.
Apresente interesse pela vaga e pela empresa e indique como suas habilidades e experiências podem ajudar. Lembre-se: uma boa comunicação, combinada com as dicas já mencionadas, pode abrir portas, independentemente da idade.
Por Mayara Sakumoto
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