O Banco Mundial anunciou nesta sexta-feira (30) que o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi reeleito diretor executivo da entidade.
Em comunicado, o banco afirmou que Weintraub foi reeleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago. "O Sr. Weintraub cumprirá um mandato de dois anos, com início em 1º de novembro de 2020", diz.
Weintraub deixou o cargo de ministro em junho deste ano, e diz ter recebido um convite, referendado por Bolsonaro, para ser o diretor representante do Brasil e de outros oito países no Banco Mundial. O salário anual previsto é de US$ 258.570, o equivalente hoje a R$ 115,8 mil por mês sem 13o, ou mais de três vezes o salário atual do ministro, de R$ 31 mil.
O Banco Mundial, com sede em Washington, é uma instituição afeta à exposição pública e polêmicas de qualquer espécie, ainda mais nas redes sociais, onde Weintraub se mostrou muito ativo.
O Brasil já foi representado no organismo por Pedro Malan, Murilo Portugal e Otaviano Canuto, conhecidos pela discrição e diplomacia no trato privado e social.
Em julho, a Folha de S.Paulo mostrou que o Itamaraty intercedeu para agilizar entrada de Weintraub nos EUA. O Ministério das Relações Exteriores confirmou que intercedeu junto à embaixada dos Estados Unidos para a obtenção do visto de entrada para o ex-ministro da Educação.
Abraham Weintraub é investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news. Durante reunião ministerial em 22 de abril, cujo conteúdo foi divulgado por decisão do Supremo, Weintraub também disse que deveriam se colocar "vagabundos na cadeia" e "começando pelo STF".
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