A agência Fitch rebaixou nesta terça-feira (26) a nota da Argentina de "c" para "d", por conta de seu não pagamento de juros da dívida externa no valor de US$ 503 milhões, que venceram na última sexta-feira (22). A agência também afirmou que o país está na categoria de "moratória", apesar de o governo argentino negar esse termo.
Como conseguiu um acordo com os credores para continuar negociando até o próximo dia 2 de junho, o ministro da economia, Martín Guzmán, disse preferir chamar o status do país de "moratória técnica" ou "moratória leve" porque, segundo ele, ficou claro que o país "tem a intenção de pagar".
O ministro vem recebendo muitas críticas, porém, por não ter conseguido adesão à sua oferta, que era de que o país nada pagasse por três anos, e depois ter um desconto de 62% dos juros e de 5,4% de capital.
Segundo a Fitch, "o rebaixamento da nota da Argentina se deve à incapacidade das autoridades de pagar os juros de três bônus soberanos dentro do período que expirou em 22 de junho. Isso marca mais um descumprimento para os critérios da Fitch".
Na noite de segunda-feira (25), em entrevista a um canal de notícias, o presidente Alberto Fernández afirmou que "há uma boa compreensão dos credores, do FMI (Fundo Monetário Internacional) de que não estamos pagando porque não podemos, não porque não queremos. E que estamos priorizando o combate ao coronavírus".
O total da dívida do país hoje é de US$ 65 bilhões.
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