O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou mais uma vez que a conta de precatórios para 2022 torna o Orçamento do próximo ano inexequível. O governo enviou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso nesta semana para o parcelamento de parte desses débitos. "Nós fomos conservadores e fixamos uma provisão de até R$ 58 bilhões e veio um número muito maior, de R$ 90 bilhões. A Advocacia-Geral da União não sabe quanto seria essa conta, ninguém sabe, os processos estão espalhados por todo o País", afirmou, em entrevista à Jovem Pan gravada na quinta e veiculada nesta sexta-feira.
Guedes alegou que o parcelamento dos precatórios dá previsibilidade e controla o ritmo de crescimento desses gastos. "Nós vamos indenizar quem foi prejudicado pelo Estado, nós queremos pagar, não tem problema nenhum. Mas eu não posso simplesmente de um ano para o outro emitir R$ 100 bilhões de dívida e jogar os juros e a inflação na lua", completou.
O ministro reforçou que a proposta prevê o pagamento à vista de todos os precatórios de até R$ 66 mil e lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou o parcelamento de precatórios pelos governos regionais. "Quando foram Estados e municípios, ninguém falou que era calote. Eu segui o protocolo e a jurisprudência que já existe. Fiz uma coisa à luz do dia, transparente, com uma regra que se aplica para todos", alegou.
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