A Agência Internacional de Energia (AIE) piorou suas perspectivas para a demanda por petróleo neste ano diante dos impactos futuros da segunda onda de Covid-19. A entidade, com sede em Paris, revisou para baixo em 400 mil de barris por dia (bpd) a projeção para a queda do consumo global da commodity, que deve ser de 8,8 milhões de bpd (ante 8,4 milhões), conforme relatório mensal publicado hoje.
Para 2021, porém, a AIE está mais otimista. Espera que a demanda por petróleo ao redor do globo cresça em 5,8 milhões de bpd ante 5,5 milhões no mês passado. "É improvável que as vacinas aumentem significativamente a demanda até o próximo ano", justificou a AIE, no documento.
A oferta global por petróleo cresceu 200 mil de barris por dia em outubro, para 91,2 milhões de bpd. De acordo com a AIE, a produção dos países participantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manteve-se praticamente estável. O cumprimento do acordo de corte da produção de petróleo ficou em 103%, mesmo patamar de setembro.
De acordo com a AIE, a produção global de petróleo caiu em setembro, uma vez que as paralisações por conta de furacão nos EUA não foram totalmente compensadas por uma maior atividade em outras regiões. Os estoques da OCDE tiveram retração de 19,7 milhões de barris no período, segundo mês seguido de retração. Estão, assim apenas 51 milhões de bpd abaixo de seu pico em maio.
No terceiro trimestre, os estoques globais observados tiveram retração de 800 mil de barris por dia. Os dados preliminares de outubro mostram, conforme a AIE, os estoques de petróleo caindo 8,4 milhões de bpd nos EUA, 8,3 milhões na Europa e 1,2 milhão no Japão.
Em novembro, a oferta mundial de petróleo pode aumentar mais de 1 milhão de bpd, conforme a AIE, citando a recuperação dos EUA após os furacões no Golfo do México e ainda a produção na Líbia. A produção de produtores fora da Opep+ deve cair 1,3 milhão de bpd neste ano e aumentar em 200 mil bpd em 2021.
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