A AirFrance-KLM anunciou nesta terça-feira (7) a ampliação da oferta de voos entre São Paulo e Paris a partir de fevereiro de 2022.
Em três dos sete dias da semana, a frequência será a mesma do período que antecedeu a crise sanitária, dois voos diários. Atualmente, a companhia tem uma partida diária para a capital francesa a partir da capital paulista.
No Rio de Janeiro, as cinco rotas da AirFrance para Paris passarão a seis, também em fevereiro. A mesma expansão ocorrerá na operação da KLM. De cinco voos semanais para Amsterdã, a companhia passará a seis em maio do ano que vem.
O anúncio, disse Manuel Flahault, diretor geral do grupo Air France-KLM na América do Sul, vem da percepção de uma tendência positiva na demanda por viagens, puxada principalmente pelo turismo de lazer.
Até a pandemia, viagens de negócios e passeios dividiam igualmente a ocupação dos voos da companhia. Neste ano, a retoma das viagens tem sido puxada pelo turismo de lazer.
Em novembro deste ano, a AirFrance já havia retomado a linha entre Fortaleza e Paris, com três voos semanais, mesmo nível do pré-pandemia. A KLM ainda não prevê retomar a operação na capital cearense, tampouco o grupo prevê a atuação em outras regiões, no momento.
"Hoje queremos consolidar e fortalecer a operação nessas praças. A reabertura em Fortaleza ainda é muito recente. Somos sempre muito cautelosos", diz Flahault.
"Atuar em outras regiões no Brasil é certamente importante, mas, para isso, temos a Gol", diz Steven van Wijk, diretor comercial do grupo na América do Sul.
O grupo AirFrance-KLM atua em parceira com a companhia aérea brasileira não só em rotas nacionais, mas também em praças como o Uruguai. Cerca de 25% dos voos do grupo são emitidos a partir da parceria com a Gol.
Para o grupo franco-holandês, o momento é de confiança na retomada da atividade econômica, mas também de cautela diante da descoberta da variante ômicron do coronavírus. Alguns países voltaram a levantar restrições para viagens ou adiaram o fim de medidas.
"Entendemos que ainda é cedo, mas estamos preocupados como alguns fechamentos de fronteiras. Por outro lado, não houve uma reação exagerada, implementou-se o PCR [tipo de exame para detecção do coronavírus]", afirma Flahault.
Até o momento, segundo o executivo, não houve cancelamento em massa de tíquetes. Mesmo na Europa, há mais dúvidas sobre a viabilidade de manter as viagens do que o impulso de suspender os deslocamentos.
Uma das estratégias do grupo tem sido a manutenção de condições mais flexíveis para remarcações e cancelamentos, que devem valer até o ano que vem.
As companhias aéreas foram um dos muitos setores que tiveram seus caixas prejudicados pela pandemia. Nos primeiros meses da crise sanitária, quando viagens chegaram a ser proibidas em muitos países, rotas ficaram paralisadas e a disponibilidade de voos ficaram em até 10% da capacidade.
Agora, parte do desafio das companhias é equalizar a alta de preços do petróleo, que tem efeito sobre o combustível de aviação, com as metas de redução de emissões de CO2. A AirFrance-KLM diz ter investido 2 bilhões de euros (cerca de R$ 15,8 bilhões) para renovar sua frota de aeronaves, o que deve garantir uma redução entre 20% e 25% no volume de emissões.
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