A Amazon inaugurou na última semana três novos centros de distribuição no Brasil, na maior expansão da empresa no país em oito anos.
Os novos galpões logísticos já estão em operação nas cidades de Betim, em Minas Gerais, Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, e Santa Maria, no Distrito Federal.
Com essas inaugurações, a empresa chega a oito centros de distribuição de produtos no Brasil. O primeiro foi aberto em janeiro de 2019, em Cajamar, na Grande São Paulo.
Segundo a Amazon, 1.500 pessoas foram contratadas para operação desses novos núcleos de distribuição.
A empresa não informa o aumento em sua capacidade de processamento de pedidos com as novas unidades, mas afirma que, de imediato, compradores de 100 novas cidades passam a ter acesso às entregas mais rápidas do serviço Prime, a partir de dois dias. Isso eleva para 500 o número de municípios atendidos no prazo.
Assinantes do Amazon Prime têm frete grátis, acesso aos serviços de streaming (Prime Vídeo), de música, além de revistas, jogos e alguns livros.
Lançado em setembro do ano passado no Brasil -o primeiro na América do Sul a ter o serviço-, o crescimento no número de adesões ao Prime no país foi o mais rápido entre os outros 18 países com o programa. Alex Szapiro, presidente da companhia no Brasil, porém, não abre o número de assinantes na região. No mundo, são 150 milhões de assinantes.
A inauguração dos novos centros de distribuição, segundo Szapiro, está alinhado à necessidade de atender essa base crescente de consumidores que usam o serviço e esperam que a entrega ocorra rapidamente.
Essa proximidade com o cliente é a obsessão da Amazon, diz Szapiro. Segundo ele, a estratégia da empresa para o Brasil tem abrangência nacional, e a abertura dos novos galpões dará capilaridade às entregas.
O centro de Brasília, por exemplo, garante fácil acesso aos estados da região norte e nordeste. A Amazon já tem um armazém em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.
No mês em que o ecommerce se prepara para a Black Friday, o executivo da Amazon no Brasil diz que sua preocupação maior hoje é garantir entrega e estoque. "Me preocupo menos com crescimento e mais em ter orgulho de que a gente prometa e consiga entregar."
Ainda assim, ele afirma que a empresa registra um "crescimento extremo" mensalmente.
Os novos centros de distribuição somam 75 mil metros quadrados e todos são expansíveis, conforme a demanda.
A escolha da localização dos armazéns seguiu critérios comerciais, segundo Szapiro. Em comunicado divulgado pela Amazon, o governador Romeu Zema, de Minas, disse que o investimento da empresa é uma demonstração das condições favoráveis aos negócios no estado.
Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, afirmou que a instalação do armazém vai "ao encontro do ambiente competitivo criado pelo nosso governo -com programas de incentivos fiscais, segurança jurídica e redução de burocracia."
O governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse, também no comunicado da Amazon, que a decisão da empresa revela o "sucesso da política de atração de investimentos".
Procurados, os governos dos três estados não responderam se houve a concessão de benefício fiscais para a atração dos centros de distribuição.
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