Depois de três anos com as demissões superando as contratações no Estado, o que resultou no fechamento de 83,5 mil postos de trabalho entre 2015 e 2017, o Espírito Santo voltou a criar vagas com carteira assinada em 2018. De janeiro a dezembro do ano passado, o saldo de abertura de empregos foi 17.455, número que não era positivo desde 2014.
O saldo (que é a diferença entre admissões e demissões) de 2018 no Estado ficou próximo ao de 2013, período pré-crise quando foram abertas 19.799 vagas. Desde então, os números do mercado de trabalho capixaba não eram tão bons. Em 2014, o saldo foi de 10 mil vagas, e nos três anos seguintes foi negativo: -43,8 mil em 2015, -37,9 mil em 2016 e -1,8 mil em 2017.
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Os números, do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Economia e mostram que essa recuperação também se deu a nível nacional. No ano passado, o país criou 529 mil empregos formais, melhor número desde 2014.
O saldo de empregos do ano tanto no Estado como Brasil, no entanto, está longe de recuperar todas as perdas do período de recessão, apontam os especialistas, já que o número ainda não é bom o suficiente para reverter o cenário de desemprego, que segue em alta.
Setor de serviços puxa retomada
O principal setor responsável pela recuperação dos números do emprego no Espírito Santo foi o de serviços, um dos que mais sofreu com a crise e promoveu demissões em função da queda do consumo. Só as atividades de serviços abriram no ano passado 8.965 novas vagas com carteira assinada no Estado.
Dentro do setor, os destaques foram os serviços da área imobiliária e de suporte técnico; de hotéis, alimentação e manutenção; nas áreas de transportes e comunicações; e na de serviços médicos, odontológicos e veterinários.
Outros setores que foram fortemente impactos pela recessão, o comércio e a construção civil também mostraram recuperação na geração de novas vagas. No ano passado, os comércios capixabas abriram 3.628 empregos formais, com amplo destaque para o segmento varejista, que sozinho abriu 2,7 mil vagas, impulso dado pela abertura de dezenas de supermercados Estado afora.
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Já o setor de construção, que nos últimos anos fez poucos lançamentos de empreendimentos imobiliários, começou a retomar projetos em 2018, o que resultou na abertura de 3 mil empregos com carteira.
A indústria de transformação criou 1.647 vagas. Com desempenho mais fraco, mas ainda com resultados positivos, ficaram os setores de agropecuária (com saldo de 171 vagas), serviços de utilidade pública (166) e administração pública (155). O único setor que mais demitiu que contratou no Estado em 2018 foi o extrativo mineral, que fechou 284 vagas.
Serra é o município campeão na abertura de vagas
Entre os municípios, o destaque na criação de postos de trabalhos formais no Estado foi a Serra, cidade que, sozinha, abriu 5.178 vagas em 2018, quase um terço do saldo positivo do Estado.
Na sequência, as cidades de destaque foram Cariacica (saldo de 2.182 vagas), Vila Velha (2.076), Vitória (1.606), Linhares (1.365) e Aracruz (941).
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Na ponta inversa, o município que mais demitiu foi Cachoeiro de Itapemirim, que fechou 726 empregos. Também tiveram saldo de vagas negativos São Gabriel da Palha (-254), Colatina (-16) e Alegre (-3).
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